Futuro perigoso

Escrito por Diogo Cabrita

“Isto poderia estar escrito de modo respeitoso se não houvesse um algoritmo fascista, desenhado pelo deputado Magalhães do PS e aprovado por demasiados deputados da Assembleia da República.”

O Estado dos países democráticos permite facultar informação sobre dados referentes à mortalidade, suas causas e quantidade (https://evm.min-saude.pt/#shiny-tab-a_causa), desse modo os portugueses podem ver os factos quando se fala em mortos por dias e por anos.
Para 30 de junho de 2021 tivemos uma mortalidade que foi metade da de 2017 na faixa etária superior a 80 anos. Não sei porquê. Diz a DGS em https://evm.min-saude.pt/#shiny-tab-a_idade. Para 30 de junho de 2021, abaixo de 44 anos a mortalidade é inferior a 2018 e todos os anos anteriores. Os dados estão na plataforma da DGS.
27 de janeiro de 2021 é um dia horribilis da mortalidade em Portugal e está diretamente ligada à mortalidade de mais de 75 anos e associável a uma conhecida maleita a que nomearei de Valdemor, por já estar cansado do nome. Janeiro de 2021, referente à mortalidade entre 55 e 75 anos, é também pior que 2020, mas não se registam milhares de mortos. Há um aumento de 60% para 10 dias de janeiro, em torno do dia 27, que é o tal horribilis. Abaixo de 45 anos não há variação, nem então nem agora.
Julho de 2021 e julho de 2020 e anteriores têm uma conclusão interessante para os primeiros nove dias: este ano morreram metade dos idosos que nos períodos homólogos anteriores. Ou seja, podemos concluir que a temperatura amena que tivemos em junho/ julho foi benéfica. Ou podemos fazer demagogia e dizer que as “vacunas” reduziram a mortalidade, o que todos sabemos que para este efeito é falso.
Há, pois, um fator de grande risco a chegar – o calor! Há que hidratar, hidratar, recolher às horas de mais calor, evitar pinhais e eucaliptais que podem arder. Também o Valdemor sofrerá um contratempo, pois os raios ultravioleta ajudam a controlar os inimigos respiratórios.
O que me faz não voltar a falar disto é um desejo enorme de estar enganado.

1 – No próximo Inverno, se for rijo, saberemos se Valdemor se veste de negro e regressa.
2 – No pico do frio contamos dez dias e saberemos se Valdemor respeita os vacunados, os idosos, os obesos, os deprimidos, os oncológicos, ou se vem com roupa colorida e ataca jovens.
3 – Se for violento sobre os protegidos do contra-almirante ficamos com dúvidas sobre as farmacêuticas.

Isto poderia estar escrito de modo respeitoso se não houvesse um algoritmo fascista, desenhado pelo deputado Magalhães do PS e aprovado por demasiados deputados da Assembleia da República. Caminhamos para um mundo menos feliz e mais policiado e, infelizmente, os estudantes e os jovens não vão sair à rua em protesto como em 62 e 69 ou em Tiananmen, ou em Hong Kong. Uma construção mental protocolada e acrítica transporta uma geração para um futuro perigoso.

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Diogo Cabrita

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