Diogo Freitas do Amaral teve uma longa e intensa vida política. Nasceu na Póvoa de Varzim há 78 anos e passou a juventude em Guimarães, antes de se afirmar como professor universitário em Lisboa.
Foi fundador e primeiro presidente do CDS, fez parte dos governos da Aliança Democrática (PSD, CDS e PPM), entre 1979 e 1983, e foi primeiro-ministro interino após a morte no acidente de Camarate de Sá Carneiro. Foi ainda candidato às presidenciais de 1986, contra Mário Soares. E com surpresa regressaria à política em 2005 e foi, durante um ano, como independente, ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro governo de José Sócrates.
Desde então afastado da política ativa, Diogo Freitas do Amaral foi um dos pais da Democracia em Portugal e uma referência na afirmação da liberdade. Sempre a partir do centro, o antigo professor de Direito enfrentou as mais diversas vicissitudes e, no verão quente de 1975, sentiu de perto as dificuldades de afirmar um regime democrático, nomeadamente quando radicais de esquerda incendiaram uma sede do CDS.
Chegou a Presidente da Assembleia da ONU e será sempre recordado como um verdadeiro diplomata, que contribuiu indelevelmente para o desenvolvimento do Portugal moderno. Freitas do Amaral foi um dos “pais da Democracia portuguesa”.