Na sucessão destes dias pós-eleitorais, talvez pela aproximação da data do meu aniversário, dei comigo a recordar um tempo intenso que vivi. Vieram-me à memória dois locais icónicos na Lisboa dos anos 80, o “Rock Rendez Vous” e o “Frágil”, onde convergiam, numa euforia criativa, moda, arte e música. Os acordes do rock remetem-me para bons momentos de juventude passados entre as Belas Artes e aqueles míticos espaços. Vibrei ao som de “Eye of the Tiger”, dos inconfundíveis riffs de guitarra poderosamente repetidos na música, ainda gravados na minha mente.
A letra e o ritmo daquela canção composta pela banda Survivor para o filme “Rocky III – O Desafio Supremo”, escrito e dirigido por Sylvester Stallone, parecem encaixar-se perfeitamente no percurso de Sérgio Costa.
O título,” Eye of the Tiger”, em português “Olho do Tigre”, significa olhar astuto, focado, determinado. A mensagem da letra deixa clara a emoção de um homem focado em sonhos do passado, no desafio do rival, na vontade de sobreviver, na sua paixão pela luta e por alcançar a glória. Transmite ainda a dedicação e o sacrifício persistentes de quem nunca desiste até chegar ao topo. Não foi por acaso que “Eye of the tiger” se tornou num hino de luta e competição de pugilismo.
Diz-se que quem ouve esta música enfrenta qualquer batalha, mas Sérgio Costa ainda era uma criança nos anos 80, pelo que não creio que o hit da década o tenha inspirado. No entanto, a letra assenta-lhe que nem uma luva. Foi o olho de tigre que lhe deu a vitória, disso não tenho dúvida.
Finalizado o “combate”, conquistada a vitória, é necessário manter o “Olho do Tigre”, continuar os treinos e exercitar a verticalidade dos movimentos para as muitas lutas que se seguirão. Desejo que Sérgio Costa procure incessantemente a superação e o êxito, pois deles depende a prosperidade da Guarda.
Dirijo-lhe os meus sinceros votos de sucesso.
Salette Marques
Arquiteta
