Exigência e crítica ao serviço da Guarda e do interior

“Foi sempre um órgão que se distinguiu pelo pluralismo, ouvindo e citando com honestidade todas as vozes dos setores mais dinâmicos da sociedade, da política, da
economia e da cultura guardenses.”

Quem compra, lê e frequenta o site do jornal O INTERIOR não vai ao engano: é mesmo o diário das Beiras e Serra da Estrela, com epicentro editorial na Guarda. As suas causas são o progresso da cidade e do concelho, o desenvolvimento do interior do país, a divulgação dos protagonistas, das instituições e das empresas de uma região que se estrutura à volta dos distritos da Guarda e de Castelo Branco.

Esta visão jornalística de um órgão de comunicação social regional é muito importante para uma comunidade como a da Guarda, a qual está, neste ano de 2021 – e apesar da crise sanitária Covid-19 e dos efeitos sociais e económicos da pandemia – a viver o momento mais dinâmico da sua história. A atração de investimento e de emprego, a qualificação dos seus espaços urbanos, a renovação empresarial que está em marcha nos espaços rurais, a nova dinâmica de produção e de oferta cultural, o aumento dos estudantes do ensino superior, tudo junto, estão a conduzir a cidade e o concelho para um grande ciclo de aumento da qualidade de vida dos seus habitantes.

Até há uns anos a Guarda tinha razões para olhar para cidades vizinhas e penalizar-se por estar a andar mais devagar do que elas. Hoje esse sentimento já não existe: a Guarda esta em processo de crescimento e de afirmação, é uma cidade em expansão, com o rendimento médio “per capita” dos seus habitantes a aumentar.

O INTERIOR tem sido, ao longo destes anos, uma entidade que registou, que certificou, que avaliou e que criticou este processo. Fê-lo – é justo reconhecê-lo – com independência, com seriedade, com espírito de serviço público. Fê-lo no essencial com apego às exigências técnicas, éticas e deontológicas do jornalismo.

Cometeu certas injustiças pelo caminho (eu próprio fui vítima de algumas…), mas só não erra quem não faz. Foi sempre um órgão que se distinguiu pelo pluralismo, ouvindo e citando com honestidade todas as vozes dos setores mais dinâmicos da sociedade, da política, da economia e da cultura guardenses.

Nestes 21 anos de O INTERIOR, quero também deixar uma palavra de apreço pelo seu diretor, Luís Baptista-Martins. Jornalista exigente, polemista, por vezes truculento, são raros os protagonistas desta cidade ou desta região que ainda não sentiram na pele o rigor das suas avaliações, das suas críticas, das suas exigências de mais e de melhor. Embora com frequência discorde dele, no todo ou em parte, reconheço-lhe, no entanto, boa-fé, princípios e uma ineludível vontade de puxar pela sociedade e pelos territórios do interior, pelas suas cidades, pela sua máquina produtiva e pelos seus centros de produção de conhecimento e de ensino superior.

Desejo, por isso, que O INTERIOR continue a aprofundar a sua cumplicidade com os leitores, promovendo a região, dando visibilidade à inovação, ao empreendedorismo, à vida urbana, à ação social e à cultura do Portugal interior. Que mantenha a pluralidade e a independência.

O INTERIOR é um pilar do progresso da Guarda e da região. Longa vida a O INTERIOR!

* Presidente da Câmara Municipal da Guarda

Sobre o autor

Carlos Chaves Monteiro

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