Visando esclarecer notícias veiculadas por O INTERIOR (pág.2 – No Fio da Navalha: ULS Guarda; última pág. – Covid-19), cumpre-me informar:
1. O relatório de situação diário da Covid-19 é elaborado e divulgado pela Unidade de Saúde Pública (USP), sendo a informação nele contida da exclusiva responsabilidade desta Unidade e, portanto, minha enquanto coordenadora da mesma;
2. Os dados constantes no referido relatório são os resultantes da informação recolhida nos vários sistemas de registo existentes: Trace Covid-19; SINAVE médico; SINAVE laboratórios; SICO, para além de sistemas de informação e articulação entre serviços de saúde pública, sendo dinâmicos conforme também já explicado pela DGS;
3. O erro reportado ao óbito por Covid-19 registado no relatório e atribuído ao concelho de Manteigas no dia 24 de abril e também no relatório inicialmente enviado no dia 25 de abril, e corrigido ainda no mesmo dia com reenvio do documento retificado, deveu-se ao facto de ter sido confirmado que a causa de morte do cidadão foi outra que não por Covid-19, apesar do mesmo ser um caso confirmado da doença. Esta situação foi também por mim clarificada telefonicamente no próprio dia a quem me pediu esclarecimentos;
4. A interpretação de que o óbito de Manteigas ocorreu, «na verdade», em Gouveia (última pág.) não corresponde à realidade: ocorreu, de facto, um óbito em Gouveia conforme reportado; o óbito de Manteigas por não ser devido à Covid-19 foi retirado do relatório (ponto anterior);
5. A referência a que existem casos que atualmente residem fora dos concelhos onde são notificados consta dos relatórios desde 14 de abril, embora já existissem algumas situações desde o dia 20 de março;
6. Todos os casos identificados são alvo de investigação epidemiológica que determina a intervenção posterior;
7. O relatório elaborado pela USP é divulgado para os serviços regionais de Saúde Pública, órgão de gestão da ULSG, gabinete de comunicação da ULSG, autoridades policiais, autoridades de proteção civil, autarquias e é do conhecimento geral como pode ser comprovado pela utilização e ampla divulgação dos dados nele constantes quer pelos órgãos de comunicação social locais, quer pelas redes sociais;
8. Pelo exposto não se vislumbra onde possa esta USP estar a contribuir para «gerar a desinformação, dúvidas e anseios», como é afirmado n’O INTERIOR (pág.2).
Ana Isabel Viseu, Delegada de Saúde Coordenadora e coordenadora da Unidade de Saúde Pública