O coronavírus é agora rei
E é rei com estrelinha;
Se lhe cortarem a coroa
Deixa de ser rei para ser rainha.
Coronavírus, tu até sabes
Que por cá não tens rival;
Porque as armas do primeiro ministro
São só bombinhas de Carnaval.
Porque, afinal, essas não são armas pesadas!
E tu sabes que nem chegam a ligeiras.
Uma é a fezada nas vacinas
E a outra confinar os combatentes nas trincheiras.
Só que confinar não é remédio
Porque destes dez milhões de combatentes
Muitos acabarão por sucumbir de outras doenças
E talvez de fome, desamor, saudade e tédio…
Tu sabes, coronavírus, os flancos onde atacar:
Mas para de ser espertinho
Porque eu vou já todos avisar,
Mais os velhos e os gordinhos.
Este alerta já é tardio;
Mesmo assim não fará mal.
Mas o mais certo é ser olhado de soslaio
Pelo Primeiro Ministro em Portugal.
Francisco Gonçalves
Médico
Rio Diz – Guarda