De pantanas

“Nos últimos dias, os incêndios florestais já causaram mortes e a destruição de um campo de futebol. Os presos em fuga não destruíram nem a escada que os ajudou a saltar o muro. É sempre muito melhor quando as pessoas, ao contrário do fogo, se comportam de forma civilizada.”

Parece que houve um tipo com arma que andou aos tiros num campo de golf onde estava Donald Trump. Os serviços de segurança logo asseguraram que se tratava de uma tentativa de assassinato. Estes americanos, sempre prontos a acreditar em teorias da conspiração, nem puseram a hipótese de ser um caso severo de hooliganismo. Podia tratar-se de um adepto ferrenho que ficou irado com a forma irregular como um jogador passou para o buraco 12 ou de um jogador frustrado que foi expulso do campo por estar a usar sapatilhas compradas em lojas de baixo custo.
Em Portugal, não tem havido tentativas de assassinato relevantes que cheguem às páginas do “Público” ou aos ecrãs da SIC, apenas aquelas sem importância nenhuma que vão sendo relatadas pelo “Correio da Manhã” e pelo “NOW”.
O que foi mesmo importante nas últimas semanas foi a fuga de uns presos de uma cadeia. Apesar de ser gente perigosa, escaparam tranquilamente, sem fazer mal a ninguém. Nos últimos dias, os incêndios florestais já causaram mortes e a destruição de um campo de futebol. Os presos em fuga não destruíram nem a escada que os ajudou a saltar o muro. É sempre muito melhor quando as pessoas, ao contrário do fogo, se comportam de forma civilizada.
Por falar em gente civilizada, Taylor Swift declarou publicamente o apoio a Kamala Harris, e Donald Trump escreveu que odeia Taylor Swift. Há quem pergunte se o apoio de Swift pode fazer aumentar o número de votantes em Harris. Parece mais provável que a declaração de ódio de Trump aumente significativamente o número de fãs de Taylor Swift.

* O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Sobre o autor

Nuno Amaral Jerónimo

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