Em período de campanha eleitoral vamos dar a primazia aos candidatos. Não falemos de política! Vamos falar de História antiga.
– Naquele tempo – 1261 a 1325 – «havia necessidade de consolidar o território e defendê-lo das possíveis investidas dos reinos vizinhos». Hoje não!
O Douro é todo nosso, as grandes unidades de produção, as barragens e até os centros das cidades!…
– Naquele tempo havia necessidade de «reorganizar o território, proteger as fronteiras e fortificar as defesas». Agora não!
As zonas de fronteira estão económica e socialmente desenvolvidas. O território está povoado. Há equidade geracional e territorial. A olho nu não se vislumbram assimetrias (pelo menos assim parece neste tempo de campanha) entre o litoral e o interior. Os quartéis têm robustas vedações. As forças de segurança estão na maior tranquilidade!…
– «O papel que desempenhou num continente em constante turbulência foi o de árbitro político». Agora também!
As forças de segurança são tratadas de forma equitativa e em simultâneo. O mesmo para os professores no continente e regiões autónomas. Para garantir que a atenção dada ao meio ambiente e aos guardiões da natureza seja a mesma, a legislação deste grupo profissional está sem regulamentação desde 2009. No mundo também: democratas e republicanos nos EUA, Rússia e Ucrânia, Israel e Palestina, Rússia e Europa… Entre nós, o poder político e o poder judicial. Este é o tempo da moderação e do consenso!…
– «A fim de uma melhor ocupação do território, D. Dinis preocupou-se em facilitar o aforamento de terras, oferecendo a isenção de foro de colheitas».
Agora não é preciso!
Há um largo conjunto de incentivos positivos à fixação no interior. As portagens são ao preço da chuva. O IRS e o IRC são francamente mais baixos. A qualidade e acessibilidade na saúde estão à vista. Escolas privadas para os filhos, uma moda na capital, está ao alcance de todos!…
– «A iniciativa régia permitia uma descentralização da população e o desenvolvimento da agricultura. Com este propósito em mente, incentivou técnicas, métodos e indicações das melhores datas para alcançar uma colheita abundante e próspera, sempre com objetivo de não esgotar os solos».
Agora também!
O regadio está aí e em todas as zonas do interior. As práticas agrícolas e o uso da água estão de acordo com as boas práticas de sustentabilidade ambiental. Até os serviços do Ministério da Agricultura, para que possam estudar melhor, estão de partida para a terra da tua Universidade!…
– «A expansão mercantil…, devem-se à forte aliança diplomática com o reino» vizinho. Agora está tudo feito!
Por isso muito se riram, no último debate, quando alguém falou da complementaridade entre o Porto Seco da Guarda e Salamanca!…
– «A defesa do ambiente foi uma preocupação constante do Rei, destacando a preservação e disseminação de árvores autóctones do território como a Azinheira e o Sobreiro». Esta preocupação mantém-se!
Não há abate de qualquer uma destas espécies. O Pinhal de Leiria (consumido pelo fogo em 2017) está todo replantado. Esta é a prática em todo o país!…
– «Em 9 de Agosto de 1290 nasce a Fundação dos Estudos Gerais de Lisboa, … para as melhores condições dos estudantes e o rigor do ensino». Hoje continuamos!
Os estudantes portugueses surgem nos melhores lugares dos rankings internacionais. Os alunos estão satisfeitos. Os professores estão muito satisfeitos. Os pais também!…
– «Um problema (…) preocupante era o alojamento e abastecimento alimentar dos alunos». Hoje está mais que resolvido!
Residências de estudantes por todo o lado e a preço acessível!…
– «D. Dinis defendeu a língua portuguesa como idioma oficial do reino». Hoje, o Português está protegido!
Essencialmente o do Brasil e países lusófonos!…
E para terminar D. Dinis deixa-nos um naco de lírica:
«(…)
E pois sabedes entender
Sempre o melhor e escolher,
Verdade vos quero dizer”,
(…)»
Citações do Professor Francisco Teles da Gama in “Portugal Origens de uma Nação” (Depósito legal 122 152/98)
