Costa nostra

“Só desejo que daqui a quatro anos não terminemos a legislatura a dizer que este governo já cheira mal, porque foi literalmente um governo de costa.”

Mas, afinal, quem é que não costa do primeiro-ministro? Os portugueses estão preocupados com o aumento do costa de vida? O que importa, mal ou bem, é ter sempre a mesa bem costa. Pagamos muitos imcostos? Não faz mal, temos sol e costa da Caparica.
Diz-se que ser português é dar um jeitinho aqui, um encosta acolá. Dormir uma costa depois de almoço, jogar uma suecosta com os amigos, comer costa mista ao balcão. Escolher mais socialismo. Há coisas mais difíceis, esta não costa nada. Já estamos acostamados.
No que diz respeito a previsões, toda a gente perdeu a acosta. No dia das eleições, foi recosta a verdade, e o PS acabou esse dia em êxtase, e os outros partidos, com um enorme descosto.
Com maioria no parlamento, o primeiro-ministro manterá o seu costo de trabalho por mais quatro anos. A oposição fará o seu papel, mas é provável que a costestação volte para a rua.
Escosteiros, escost girls, costabilistas, costínuos, costinheiros, todos parecem muito costentes com a vitória do Partido Socostista. Esperemos que as promessas não caiam em sacosto roto, e que o governo se abstenha de criar o seu próprio co-staline.
Só desejo que daqui a quatro anos não terminemos a legislatura a dizer que este governo já cheira mal, porque foi literalmente um governo de costa.

* O autor escreve de acordo com a antiga ortografia

Sobre o autor

Nuno Amaral Jerónimo

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