Asteroides e Cintura de Kuiper

Escrito por António Costa

“Estima-se que a quantidade de cometas para formar a nuvem vá de um a cem biliões e a sua massa poderá ser cerca de cinco vezes a do planeta Terra. A nuvem seria composta por hélio, metano e amoníaco.”

Existem no Sistema Solar duas grandes faixas de pequenos corpos rochosos chamados asteroides. A sua origem remonta à formação do Sistema Solar. A influência gravitacional de Júpiter não teria permitido a consolidação deste material como um planeta, pelo que tomou a forma atual. Os seus tamanhos variam de pequenas pedras a outros que poderiam chegar a ser considerados anões, com cerca de 1.000 quilómetros de diâmetro. Embora as suas trajetórias estejam restritas à cintura de que fazem parte, um grupo pequeno atravessa mesmo a trajetória da Terra. Neste caso, denomina-se meteoroides. Quando um meteoroide colide com a superfície do planeta tem o nome de meteorito.
Além da órbita de Neptuno, e com uma inclinação um pouco acentuada relativamente à elíptica, encontra-se uma segunda cintura de asteroides chamada de “Cintura de Kuiper” em homenagem do astrónomo holandês Gerard Kuiper, que previu a existência da cintura antes de ser observada. Nesta formação há muitos objetos do Sistema Solar chamados de planetas anões, bem como vários corpos menores.
A Cintura de Kuiper não é a única formação transneptuniana. Além de um disco de corpos dispersos, também existe uma formação que envolve o Sistema Solar com corpos congelados chamados “Nuvem de Oort”. Desta formação saem os cometas que viajam por todo o nosso sistema. A “Nuvem de Oort” deve o seu nome ao astrónomo Jan Oort, que já em 1950 sugeriu que os cometas de longo período (como o Hale-Bopp, que demora milhares de anos a completar uma órbita) poderiam ter origem numa região específica do Sistema Solar. Embora nunca fosse observada de maneira direta, pensa-se que seja uma nuvem esférica formada por cometas e asteroides localizada nos confins do Sistema Solar, quase a um ano-luz do Sol.
Estima-se que a quantidade de cometas para formar a nuvem vá de um a cem biliões e a sua massa poderá ser cerca de cinco vezes a do planeta Terra. A nuvem seria composta por hélio, metano e amoníaco. Os cometas da “Nuvem de Oort” não estão muito ligados à força gravitacional do Sol. Embora se acredite que tenham sido formados perto da nossa estrela central, quando o sistema ainda estava em gestação, os efeitos gravitacionais dos planetas gigantes fizeram com que se mudassem posteriormente para a sua localização atual.

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António Costa

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