Água

Escrito por Diogo Cabrita

“A política da água é da importância da estrema. Mata-se por água e morre-se sem ela.”

Ter água na boca é saudável, não ter, é doença. Ter água na boca é ter apetite e vontade e saborear com gosto. Falar de água é muito complicado e fizeram-me este desafio. Comecei nas torneiras, saltei para os saneamentos, falei de potabilidade, e da sua ausência, vi vídeos sem fim no TED e li inúmeros artigos de jornal sobre legislação da água. A lei portuguesa que respeita a diretiva europeia sobre qualidade de água. A água, para lá de tudo isso, é 70% do meu corpo, é fundamental à fotossíntese, é uma exigência das populações e um bem formidável para muitos. Quanto menos se tem, mais importante ela é. O desrespeito costuma chegar da abastança: lavar dentes de torneira a correr. Estar no banho horas sem fim. Criar mecanismos de controle dos gastos de água é urgente para a tecnologia das casas. Educar, reduzir, “empoderar” quem gere os aquíferos e impede a destruição das águas profundas. Reduzir a poluição, melhorar a sua distribuição. Construir os novos rios de ferro e cimento que são as centrais de dessalinização. A política da água é da importância da estrema. Mata-se por água e morre-se sem ela. A água é quimicamente uma estrutura formidável, com possibilidade de três estados físicos, com fronteiras de ebulição e de compactação molecular e de arrefecimento e com qualidades únicas. Não ter políticas a longo prazo de armazenamento, de regadio, de redução de consumo, de utilização mais inteligente é uma doença dos seres humanos. A água, como os insetos, se não estiverem presentes, acaba a vida na terra.

Sobre o autor

Diogo Cabrita

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