1. Os fundos estruturais têm sido um dos mais poderosos instrumentos de apoio ao investimento empresarial, à inovação e conhecimento, à qualificação dos portugueses e à coesão social e territorial.
Por isso, assim que em 2015 chegámos ao Governo, definimos como prioritária a aceleração da execução do Portugal 2020 e cumprimos esse objetivo. Entre todos os Estados membros com envelope financeiro de dimensão comparável, Portugal está em primeiro lugar na taxa de execução dos fundos estruturais.
Destaca-se o apoio ao investimento privado: correspondemos à dinâmica empresarial com a realização de um volume de pagamentos às empresas sem paralelo no passado, superando as metas ambiciosas que tínhamos colocado a nós próprios, e tendo acabado 2017 com 1,3 mil milhões de euros de pagamentos acumulados.
Abraçamos agora o desafio extremamente exigente de definição estratégica do país que queremos ser em 2030. Mas não apenas tendo em conta os desafios que se colocam a Portugal, como também os desafios estruturais a que a Europa tem de fazer face. Planear não é menos importante do que executar
Planear integrando as experiências do passado, não é oportunismo nem eleitoralismo; é respeito e sentido de responsabilidade. Planear e gerar consensos é uma mais valia para a nossa capacidade de negociar e executar o melhor para todos.
A história económica portuguesa está cheia de exemplos que refletem os prejuízos pela incapacidade de planear ou pela ausência de consensos. A maturidade da nossa democracia exige que esse défice de negociação seja combatido e ultrapassado e o Plano Nacional de Investimento é um bom teste.
São quase 22.000 milhões de euros para dez anos. Envolve meios financeiros do Orçamento de Estado, do setor privado e da União Europeia. O desafio não é só para este Governo. O PNI é para os próximos Governos, mas é, sobretudo, para servir os portugueses.
2. No momento em que escrevo este texto a moção de censura do CDS ainda não é, mas já foi. Acabou o ilusionismo de uma hipotética liderança da direita; o arrastamento do PSD é o único sinal político dessa estratégia de Assunção Cristas. Neste tempo de Carnaval, caiu a máscara de uma primeira-ministra a fingir, com o PSD a reservar para si o papel de adjunto útil.
* Deputado do PS na Assembleia da República eleito pelo círculo da Guarda e antigo Governador Civil da Guarda