A rosa dos ventos utiliza-se em meteorologia fixa para indicar com precisão os vários rumos que o vento pode assumir, cobrindo toda a circunferência do horizonte (os 360º). Graças à rosa dos ventos fica definido um total de 32 rumos e, a cada um deles, um determinado vento.
Na divisão angular da figura mencionada, os 0º coincidem com o Norte geográfico, os 90º com o Este, os 180º com o Sul e os 270º com o Oeste. Embora cada direção corresponda a um ângulo determinado, os ventos que sopram nas direções principais recebem nomes diferentes, a maioria dos quais provém da mitologia greco-latina.
O cierzo tem origem etimológica na palavra latina Circius, que era o deus-vento do Noroeste para os antigos romanos. O ábrego, vento do Sudoeste, deve o seu nome ao vento Africus (proveniente de África) dos antigos gregos. O deus do vento por excelência na mitologia clássica está associado ao deus Libis, um dos filhos de Éolo. Esse mesmo vento recebe outros nomes, como Mistral ou a sua variante Mestral.
No Mediterrâneo, o vento do Sudeste recebe em alguns locais o nome de siroco, uma palavra de uso comum para descrever o calor húmido e pegajoso. A origem do termo encontra-se no deus-vento romano Vulturnus. Nesse mesmo espaço geográfico temos também o gregal, proveniente da Grécia, que é o vento do Nordeste (45º), o lebeche ou grazino, vento poeirento de Sudoeste, de proveniência saariana, e a tramontana, vento do Norte.
Etimologicamente, este último vento tem origem no termo latino transmontanus, no plural, transmontano, que significa “para lá dos montes (ou montanhas)”. No caso espanhol, essas montanhas são os Pirenéus, visto que a tramontana parece provir dali. Na antiga Grécia, o deus-vento do Norte era Bóreas.
A origem etimológica dos ventos
“Embora cada direção corresponda a um ângulo determinado, os ventos que sopram nas direções principais recebem nomes diferentes, a maioria dos quais provém da mitologia greco-latina.”