A indução

Escrito por Diogo Cabrita

Porque escreves essas barbaridades no portal do Manel? Para quê – tão fúteis discussões? Quem te paga essa crença cega no partido? Quantos euros te entregam eles para os teus “likes” e os teus “não gosto” ou mesmo as frases violentas? Solidariedade! – Respondeu-me. Gasta dias a teclar nos telemóveis contra uns e outros em favor da cor do seu governo. Um militante convicto que aguarda promoção? Um trabalho de formiga para ajudar o partido? Um reconhecimento além? Tens a noção da proximidade com as censuras que tanto criticaste? – Perguntei e fui bombardeado de impropérios. Isto é essencial para contrariar os tipos que nos criticam. Eu sei! Muitos são como tu, mas dos outros partidos e como tu, recebem paletes de nada. A indução na militância não morreu em 1975, tem hoje uma força musculada de impropérios, buscas no passado, subtis descontextualizações, constantes agressivas no twitter, no facebook, no instagram. Há quem se dedique a espezinhar, a vaiar qualquer lucubração sobre um tema. São os novos militantes e os novos convictos. Uma crítica de Nuno Melo a Rui Tavares tem a brutalidade de uma tempestade na net. São dois produtos da indução de violência. Rui Tavares é um fanático levado ao colo por António Costa e Nuno Melo é a representação de uma truculência de pendor direitista. As agressões a propósito de umas aulas de Rui Tavares estão a fazer escola de má educação e de pandemia epidemia na rede social. Vale a pena estudar estes novos fenómenos que contagiam.

Sobre o autor

Diogo Cabrita

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