A Guarda por todos

Escrito por Santinho Pacheco

«Ao fugir à tentação fácil de escolher um candidato na estrutura partidária, o PS mostrou à Guarda que está atento aos sinais que vêm da sociedade civil, que aprendeu com os seus erros, que quer encerrar um capítulo da sua história recente»

Sexta feira, 9 de abril de 2021. Como acontece todas as manhãs, lanço um rápido olhar pelas capas dos jornais.
Na do meu diário de referência, nem uma alusão a Jorge Coelho, o ministro da «culpa que não pode morrer solteira», nesse dia em câmara ardente na Basílica da Estrela. Jorge Coelho já não era notícia. Mediático era o espetáculo da justiça. Dois políticos, dois destinos, partilhados nesse mesmo dia. O que fará o tempo à sua memória? A capa do jornal parece dar a resposta.
A opinião pública é imprevisível, injusta, leviana até. Os valores são efémeros.
Vem isto a propósito da candidatura do PS à presidência da Câmara Municipal da Guarda, pela primeira vez desde o 25 de Abril liderada por um cidadão independente. Como agora se comprova, é o PS Guarda a ter razão no tempo certo.
Quem tanto critica a excessiva partidarização da democracia, não me venha agora falar de experiência política ou que é pouco conhecido…
Luís Couto de seu nome, é um guardense de 63 anos, homem do mundo, com vida própria e um currículo que fala por si, uma carreira de sucesso, enquanto quadro superior da administração pública. Com coragem aceitou o desafio de servir o seu concelho, na Câmara Municipal.
Ao fugir à tentação fácil de escolher um candidato na estrutura partidária, o PS mostrou à Guarda que está atento aos sinais que vêm da sociedade civil, que aprendeu com os seus erros, que quer encerrar um capítulo da sua história recente.
Os socialistas não podiam continuar divididos em querelas fratricidas que reabrissem feridas antigas, algumas bem difíceis de sarar de todo.
Partidarizar a lista à Câmara Municipal seria hipotecar a estratégia de vitória do PS. Luís Couto, como independente, é fator de unidade dos socialistas e do PS com a cidade.
O clima de guerra civil que se vive no PSD e na Câmara, em que pessoas e investimentos são postos em causa por companheiros de partido, com ameaças de tribunal, quando era preciso mais trabalho e menos guerrilha, impõe uma alteração radical na gestão do município. A Guarda merecia mais respeito do PSD.
Luís Couto é a mudança necessária nos rostos e nos vícios da governação municipal. De fora para dentro, mas também de dentro da Câmara para a cidade e o concelho. Os quadros e os trabalhadores do município são o seu mais importante ativo. E o dr. Luís Couto conhece-o bem e vai saber valorizá-lo.
A sociedade da Guarda está ávida de paz, de conciliação, de perdão; o desenvolvimento exige uma verdadeira concórdia social. É tempo de a Guarda encarar o presente, projetar o futuro, sem os fantasmas do passado, antigos e recentes. O dr. Luís Couto tem, com a experiência adquirida numa carreira exemplar, o perfil adequado para o fazer.
Quanto orgulho poder dizer-vos bem alto: AGUARDAPORTODOS!

Sobre o autor

Santinho Pacheco

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