A calúnia da violência doméstica e as prioridades do IPG

Escrito por Joaquim Brigas

A indicação do meu nome pela Federação Distrital do Partido Socialista da Guarda para cabeça de lista neste círculo eleitoral nas legislativas de 18 de maio foi uma escolha que muito me honrou e pela qual estou reconhecido. Para quem é um independente que nunca tentou a carreira política, ser escolhido numa votação que não registou votos contra é, naturalmente, um motivo de orgulho.
Mais do que de mim, esta opção fala da visão que os dirigentes distritais do PS têm para o distrito da Guarda. Em vez de optarem por uma veterana ou um veterano das lides partidárias, escolheram alguém que, na sua ótica, poderia abrir o partido à sociedade civil. Alguém que neste momento representa o ensino superior na região – e a importância da ciência e da inovação na qualificação da sociedade e do tecido empresarial – e que tem lutado publicamente pelos direitos do interior e dos territórios de baixa densidade face aos privilégios dos grandes centros do litoral.
Foi uma escolha desinteressada da Federação Distrital do PS, de abertura ao exterior, corajosa… e também arriscada, devido às críticas internas que iria causar. Pela parte que me toca, bem hajam por isso!
O meu segundo mandato na presidência do Instituto Politécnico da Guarda, que nem a meio vai, tem, porém, processos em curso e exigências que são indeclináveis. Para além do alargamento da oferta formativa, o IPG tem neste momento dois desafios cruciais: a construção no campus do Politécnico de uma residência estudantil que lhe permita matricular todos os anos mais estudantes de outras cidades; e a construção de uma nova Escola Superior de Saúde, uma vez que a atual está a transbordar atividades para outros locais por absoluta falta de espaço.
Mais do que objetivos da minha presidência, estes dois desígnios interessam a toda a comunidade do distrito da Guarda. Todos, a começar pelos deputados que vão ser eleitos e pelos autarcas que saírem das eleições locais do próximo outono, têm o dever de se empenhar neles pelo potencial que representam para a região.
Dito isto, aproveito a circunstância para denunciar um boato infame, uma calúnia miserável, que me persegue há anos sem qualquer fundamento – e que agora foi posto a circular, uma vez mais, a propósito da minha indicação para cabeça de lista. A injúria é que eu teria exercido violência sobre a mulher de quem fiquei viúvo há 12 anos, a mãe dos meus dois filhos.
É total e absolutamente falso.
Trata-se de uma mentira difundida há anos por adversários meus em eleições no Politécnico da Guarda. Como a comunidade académica do IPG me conhece – e, sobretudo, os conhece a eles – isso não impediu a minha eleição por três vezes como diretor da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto. E também não impediu a minha eleição, em 2018, como presidente do IPG, bem como a reeleição em 2023, sem nenhum candidato concorrente.
Não há qualquer fundamento neste boato lançado por pessoas vis que me perseguem. Por isso, desafio todos os que o andam a repetir a darem a cara e a mostrarem à comunidade da Guarda o que têm para provar a calúnia que tantas vezes repetem.
Se uma vez mais não falarem em público, e se uma vez mais repetirem a infâmia em privado, todos os que a ouvirem saberão que estão perante uma cobarde, e um cobarde, caluniadores. Pessoas sem caráter. Mentirosos.

* Presidente do Politécnico da Guarda

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Joaquim Brigas

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