A Arménio Travassos

Conheci o Arménio Travassos há cerca de 20 anos. Tive o privilégio de colaborar com ele, de partilhar anseios (jornalísticos) e trabalhos, de discutir e aprender, porque a sua rara capacidade de interpretar a realidade e perceber o contexto editorial em que nos movemos fez dele uma personagem maior do jornalismo e da comunicação em Portugal. Estivemos juntos, com o José Manuel Saraiva, o Afonso Camões e o Francisco Pinto Balsemão, na fundação da Rede EXPRESSO, porventura o maior “abraço” editorial da imprensa independente portuguesa, e seguimos empenhados na afirmação do jornalismo sério, responsável e rigoroso. Dedicou a sua vida à imprensa e, mesmo nos últimos anos, com a doença a corroer-lhe as entranhas, nunca deixou de ser uma referência de dedicação e profissionalismo no jornalismo e na liderança da imprensa regional. Na última vez que nos encontrámos, já muito debilitado, impressionou-me, como tantas outras vezes, pela sua postura, liderança e dedicação ao trabalho com aquela naturalidade e harmonia que facilmente cativava. Eu perdi um amigo e a região Centro perdeu o maior editor e jornalista que sempre escolheu a imprensa regional, e o seu Diário de Coimbra. Condolências à esposa Luísa Travassos e à filha Carolina Travassos E um abraço a todos os que privaram e trabalharam com ele.

 

 

Sobre o autor

Luís Baptista-Martins

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