O vírus sars-coV 3 nasce em Portugal da evolução de um corona vírus que é transmissível assintomático, que se pega dos gatos aos homens e dos homens aos cães. Imaginem que estamos a ter uma pandemia que desliza dos animais de estimação, da doce companhia, para as nossas tripas e morremos como no ébola, sangrando em profusas diarreias. Morrem três de cada 100 infetados. É um vírus deste género que agora enfrentamos, consumindo mais idosos, mas agora eles são a fonte de contágio e são os principais portadores assintomáticos. O gato deixa o vírus nos idosos, que o transmitem aos de meia-idade e só dez dias depois adoecem. Para variar, os cães morrem também, mas cinco dias depois de infetados. Os gatos são portadores assintomáticos e não morrem nem adoecem. Percebendo que o cão está mal podemos antecipar a morte cinco dias, mas não temos como salvar ninguém. Sem tratamentos, sem vacinas, com testes aos gatos a comprovar a persistência do vírus.
– Oh filho o cão morreu com uma sangria desatada ontem. Está lá no jardim.
Agora o filho sabe que a mãe está com o Covid 22 assintomática. Sabe que dentro de cinco dias pode morrer, sabe que tem alto risco de ficar doente se for enterrar o bicho e levar comida à mãe. Sabe que ele tem um risco igual ao da mãe de morrer.
Antecipo desde logo coisas que podiam acontecer: a matança dos gatos, mesmo antes dos testes, a fome para os idosos dos lares e, vivendo nas famílias que os abandonam, a libertação para a rua de milhares de cães que assustam agora mais do que confortam, o assassinato dos que se aproximam com as calças sujas de sangue, cambaleantes à procura de comida. O mundo pode sempre piorar, mas por isso os humanos têm de escolher o caminho.
Recorda as duas animalescas que esquartejaram um jovem no Algarve – por dinheiro. Imaginem que as movia o medo de um vírus – morriam todos à sua volta.