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Projeto Gmove+ dinamizado pelo IPG

Escrito por Luís Martins

O projeto Gmove+, liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG), está no terreno desde segundo trimestre de 2017 e tem como missão aumentar a prática regular de atividade física pelas pessoas idosas Guarda, através da otimização das sinergias entre os vários parceiros locais com maior responsabilidade social neste âmbito (CMG, ULS e IPG).
A primeira fase do projeto está quase finalizada (identificar barreiras e motivações para a prática regular de atividade física), tendo sido avaliados mais de 300 idosos encaminhados pelos médicos e enfermeiros dos Centros de Saúde da Guarda, bem como pelos diretores técnicos de centros de dia e de convívio.
Os resultados da primeira fase do estudo indicam que a população idosa da Guarda apresenta valores de prática de atividade física inferiores ao observado em estudos de âmbito nacional. De acordo com a Investigadora Responsável, Profª Carolina Vila-Chã, estes resultados, ainda que preliminares, constituem motivo de preocupação dado que a inatividade física e o comportamento sedentário estão entre os principais fatores que contribuem para o aparecimento de doenças crónicas não transmissíveis, como a diabetes e hipertensão.
Esta alteração do comportamento motor é já considerada um problema de saúde pública tanto a nível nacional como mundial e que precisa de ser combatido através de medidas adaptadas à população local e coordenadas entre vários setores da sociedade.
Os resultados indicam também que os idosos avaliados pelo Gmove+ percebem como principais barreiras à prática de atividade física as más condições climatéricas, considerarem já serem fisicamente ativos e a falta de instalações perto de casa e/ou falta de transporte para as atividades. Algumas destas barreiras podem ser colmatadas através da articulação com os serviços já disponibilizados pela Câmara Municipal da Guarda (CMG). No entanto, outras barreiras carecem de maior sensibilização da população para a prática da atividade física, processo este em que os profissionais de saúde da ULS podem ter um papel fundamental. Neste momento estão a ser debatidas com a CMG medidas para levar a prática da atividade física a mais idosos do concelho, aumentando os locais de atividade e procurando otimizar as redes de transporte. Está previsto também a inclusão de outras atividades no programa Guarda+65, tomando em consideração as motivações expressas pelos idosos durante este primeiro estudo. Juntamente com a ULS e com a CMG, está previsto, a curto prazo, iniciar um programa de atividade física especificamente direcionado os idosos com diabetes, podendo ser alargado a outras condições de doenças crónicas não transmissíveis.
O projeto tem participado em várias ações de sensibilização não só no concelho, mas também no distrito.

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Luís Martins

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