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IPG pede apoio para fixar alunos

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Escrito por Efigénia Marques

O Instituto Politécnico da Guarda tem mais 10% de estudantes colocados de que em 2020 e esgotou vários cursos. Apela aos autarcas da Guarda e Seia para ajudarem o IPG com soluções residenciais para todos se matricularem.

O Instituto Politécnico da Guarda ficou com 543 novos estudantes na 1ª fase de candidaturas ao ensino superior de 2021, mais 20 alunos – um crescimento de 10% – face ao ano anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Em 2020, o IPG já tinha sido a instituição de ensino superior que mais cresceu percentualmente em todo o país.
“O Instituto Politécnico da Guarda provou, mais uma vez, que a nova forma de funcionamento da instituição e os projetos que colocou em marcha a partir de 2019, o tornaram numa unidade do ensino superior mais competitiva, mais atrativa e com maior capacidade de cativar jovens todos os anos”, afirma Joaquim Brigas, Presidente do IPG. “O nosso objetivo, agora, é que todas as colocações desta primeira fase se concretizem em matrículas: para atingir esse objetivo, precisamos do apoio das Câmaras Municipais da Guarda e de Seia para providenciar aos estudantes alojamentos acessíveis, superando as dificuldades que, em anos anteriores, nos fizeram perder tantos estudantes que foram estudar para outras cidades”.
Há um ano, em 2020, os Serviços Académicos do Politécnico constataram que quase três centenas de estudantes acabaram por não se matricular por não terem conseguido alojamento condigno, ao alcance das suas bolsas, sobretudo na Guarda. A presidência do IPG tentou que as autarquias fornecessem soluções para acudir ao problema, mas os apoios ficaram aquém do necessário.
“O dinamismo pedagógico e científico do IPG está a conseguir atrair muitos estudantes: comparando com outros Politécnicos do Interior, o IPG foi o único a conseguir ter mais colocações de estudantes do que no ano passado”, afirma Joaquim Brigas. “No entanto, os apoios que recebemos das autarquias da região em que estamos implantados ficam muito aquém dos apoios que outros politécnicos recebem das respetivas câmaras municipais, os quais incluem, em alguns casos, a reabilitação de edifícios, residências, gastos energéticos e consumos de água: temos esperança que nas câmaras da Guarda e de Seia, e noutras autarquias do distrito, passe a existir essa sensibilidade e o entendimento de que devem apoiar e contar com o IPG como uma unidade estratégica para o desenvolvimento de toda a região”
Novos cursos cheios

Nos resultados divulgados no dia 26 de setembro, todos os cursos da Escola Superior de Saúde – Enfermagem, Farmácia, Biotecnologia Medicinal – tiveram a totalidade das suas vagas ocupadas. O mesmo aconteceu na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto com a nova licenciatura em Desporto, Condição Física e Saúde, cujas 30 vagas foram totalmente preenchidas nesta primeira edição, tal como as da licenciatura em Desporto já existente. Também na Escola Superior de Tecnologia e Gestão o curso de Gestão de Recursos Humanos e o curso de Marketing tiveram todas as suas vagas ocupadas. A licenciatura em Mecânica e Informática Industrial ainda ficou com vagas para a 2ª Fase, mas teve maior ocupação do que cursos congéneres nos politécnicos de Coimbra ou de Leiria ou na Universidade da Beira Interior.
“O Instituto Politécnico da Guarda volta a cumprir bem a sua função de atrair e de fixar jovens na Guarda e em Seia, qualificando profissionais que vão ter um papel central no desenvolvimento da região da Guarda e do Interior”, afirma Joaquim Brigas. “O aumento do número de estudantes, e de estudantes com notas mais altas, é a resposta aos novos cursos que criámos, depois de uma década em que o IPG não conseguiu colocar nenhum curso novo em funcionamento”.
O IPG oferece 22 licenciaturas, 11 mestrados, 20 cursos técnicos superiores profissionais e quatro pós-graduações. Oferece também duas pós-licenciaturas de especialização: uma em Enfermagem Médico-Cirúrgica e outra em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria.

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Efigénia Marques

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