Especial Mêda

Os vinhos de Mêda

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Escrito por Jornal O INTERIOR

O concelho de Mêda está situado numa região privilegiada para a produção de vinho, favorecida pela zona montanhosa de transição entre o Planalto Beirão e o Alto Douro em que se insere.
O município, cujo lema é “onde o Douro encontra a Serra”, tem a particularidade de integrar duas regiões vitivinícolas diferentes, a Beira Interior e o Douro Superior – sub-região da Região Demarcada do Douro, o que contribui para a diversidade e qualidade dos seus néctares. A vinicultura é a atividade agrícola mais importante do concelho, o que se traduz no número de produtores e engarrafadores de vinhos e no desenvolvimento da sua atividade comercial. Estão radicados sobretudo nas freguesias de Longroiva, Fontelonga, Poço do Canto, Meda e, mais recentemente, em Marialva.
Fundada em 1956, a Adega Cooperativa de Mêda é o símbolo da produção vinícola local, contado já no seu longo historial com várias distinções e vinhos de eleição. Mais recente, a Casa Agrícola Rebelo Afonso, no Poço do Canto, tem vinhas numa área de xisto e granito, onde produz castas nobres tradicionais na região como a Touriga Nacional, nos tintos, e a Viosinho, nos brancos. Outro produtor particular é as Casas do Coro, marca conceituada na área do alojamento turístico que tem vindo a ganhar pergaminhos na produção vinícola.
Já a Catedral do Baco, sediado no Poço do Canto, destaca-se com os vinhos Aravos, também eles multipremiados. De Longroiva é o produtor Constelação – Vitivinícola e Enologia, Lda. cujos vinhos Timing são produzidos na famosa Quinta da Veiga, na sub-região do Douro Superior, enquanto Lúcia e Américo Ferraz Vinhos – Wine & Family está radicada em Vale Flor, já na região vitivinícola da Beira Interior, onde produz os reputados vinhos Souvall. De regresso à freguesia do Poço do Canto encontramos os Vinhos Lucinda Todo Bom, a produtora dos vinhos Fraga Alta.
Outro produtor conceituado de Mêda é o Muxagat, com os vinhos homónimos a encarnarem a tradição do Douro Superior. Por sua vez, a Quinta das Senhoras, em Marialva, aposta na produção biológica em lagares de pedra, o que tem feito a diferença dos seus vinhos e granjeado várias distinções em concursos nacionais e internacionais. O mesmo tem sucedido com a adega da Quinta Vale d’Aldeia, um dos produtores mais recentes do concelho medense cujas vinhas estão na sub-região do Douro Superior. Fundada em 2009, a adega tem primado pela qualidade e inovação dos seus vinhos, sendo atualmente um dos produtores com maior notoriedade do município.
A Vinilourenço, do Poço do Canto, é outro produtor reputado e com grande afirmação no mercado com marcas como Dona Graça e Fraga da Galhofa. Igualmente com longa tradição na produção vinícola medense é a Família Carvalho Martins, que tem contribuído com os vinhos Golpe produzidos na Quinta Vale do Olmo, também no Douro Superior.

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