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Passadiços do Mondego – a nova aposta turística da Guarda

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Escrito por Jornal O INTERIOR

Os Passadiços do Mondego já se encontram em fase de construção na zona do Vale do Mondego, no concelho da Guarda, desde 27 de novembro de 2019 e pretendem dar a conhecer a paisagem e o património ambiental e histórico das aldeias que o empreendimento atravessa.
A criação desta infraestrutura garante novas experiências aos visitantes através da criação de pontos de interesse, que garantem uma vista privilegiada sobre as paisagens do Vale do Mondego. Os percursos garantem uma visita a pontos de referência como a Cascata do Mocho-Real e a Central do Pateiro, uma antiga unidade industrial de produção de energia elétrica. Contudo, existem infraestruturas presentes na área que serão alvo de requalificações, como «as pontes que vão permitir a travessia das margens do rio Mondego, assim como o reforço e requalificação do miradouro do Mocho Real», realça o presidente do município, Carlos Chaves Monteiro.
Estas requalificações são de «extrema importância» para o projeto, assim como a criação de áreas de observação que permitirão «o acesso a novos pontos de observação, que oferecem perspetivas diferentes sobre o Vale do Mondego», acrescenta o autarca. A Câmara da Guarda tem ainda como objetivo fomentar uma maior dinamização de todo o espaço envolvente aos passadiços, com a criação de zonas de apoio ao turismo rural, através das Juntas de Freguesia e de associações locais das localidades atravessadas pelos passadiços. Uma primeira parte incide em «melhores condições de acesso, que garantam vias de comunicação que facilitem a mobilidade», disse Chaves Monteiro.
A criação de museus, a exploração de locais de interesse histórico patrimonial e a aposta na gastronomia local são também complementos para impulsionar a economia local, não só da região como da cidade. «Ao nível da hotelaria, da gastronomia e do património que a própria cidade tem, é também um complemento mais abrangente daquilo que tem de ser oferecido pelas freguesias», adianta o presidente da autarquia. Apesar de todas as alterações que a obra já teve, mantém-se a extensão de cerca de 12 quilómetros que constituem os Passadiços do Mondego.
Segundo o autarca, o município está a analisar a hipótese de abrir um dos dois troços do empreendimento, uma vez que tem havido vários visitantes a percorrer o equipamento. Ainda não há valores concretos para os bilhetes a cobrar por quem pretenda usufruir dos passadiços, mas, «a seu tempo e de forma equilibrada, ajustaremos o valor de apoio ao investimento e à manutenção desses equipamentos», garante Chaves Monteiro. Contudo, uma outra forma de colmatar o investimento feito pelo município guardense passará pelo retorno na economia local em áreas como o turismo, gastronomia e hotelaria, «o que é também uma forma indireta de considerarmos que esse investimento está a ser amortizado e traz riqueza ao território», considera o presidente da Câmara da Guarda.
Iniciado no final de 2019, o projeto, da autoria de Fernando Domingues, é inspirado nos trilhos da pastorícia e nas fábricas de lanifícios do Vale do Mondego e tem para o final do mês de agosto a data prevista de conclusão dos Construidos nas margens do rio, os Passadiços do Mondego passam pelas aldeias de Vila Soeiro, Trinta e Videmonte e representam um investimento de 4,5 milhões de euros, nos quais 3 milhões de euros em infrasestruturas e um milhão e meio para requalificações, construção de estacionamentos e centros de apoio.

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