O município de Trancoso está a investir cerca de 549 mil euros no antigo edifício do quartel da GNR para instalar uma incubadora de empresas, a “InovCast”.
Segundo o presidente do município, a obra que vai permitir transformar e adaptar o edifício às novas funções foi submetida a concurso público e foi adjudicada à empresa João Tomé Saraiva. O edifício tem dois pisos e situa-se no centro histórico de Trancoso. O autarca adianta que no rés-do-chão da futura incubadora de empresas será criada uma sala de exposição e de degustação de produtos locais, uma cozinha empresarial – onde poderão ser trabalhados produtos endógenos como a castanha, o azeite e o mel –, um miniauditório e o Atelier da Castanha. O espaço vai também acolher os gabinetes de apoio ao agricultor e ao emigrante, enquanto no piso superior funcionarão vários gabinetes que vão receber empreendedores locais, nomeadamente os alunos formados na Escola Profissional de Trancoso.
O projeto de adaptação do antigo quartel da GNR a incubadora de empresas foi elaborado com o objetivo de dotar o edifício «de todas as condições necessárias para todos aqueles que pretendam por as suas ideias em prática, criando o seu próprio negócio», segundo o município de Trancoso. Amílcar Salvador destaca o facto de a intervenção permitir requalificar um edifício situado no centro histórico e de contribuir para atrair «mais pessoas» para a “cidade de Bandarra”. A empreitada sofreu um atraso de seis meses devido à necessidade de trabalhos arqueológicos, prevendo-se que o espaço possa começar a funcionar na primavera ou no verão de 2022.
«Essas escavações terminaram em agosto e o relatório já foi enviado para a Direção Regional de Cultura do Centro e para a Direção-Geral do Património Cultural, pelo que estamos a aguardar a aprovação do mesmo para a obra continuar. É expectável que dentro de algumas semanas o trabalho da incubadora de empresas possa recomeçar», disse o autarca. O projeto do Inovcast será financiado no âmbito do Plano de Ação e Reabilitação Urbana (PARU), tendo já sido assegurado um financiamento de 288.473,13 euros. Contudo, a autarquia estima que o projeto pode vir a conseguir uma comparticipação de 460.647,86 euros após reprogramação.