Avançam a bom ritmo os trabalhos de reabilitação dos Paços do Concelho de Trancoso. A empreitada foi adjudicada à empresa Edibeiras por 1,2 milhões de euros, mais IVA, e estima-se que esteja concluída daqui a um ano.
«É uma obra emblemática e sobretudo necessária porque quer os funcionários, quer quem nos visita, merece outras condições. Vamos resolver os problemas como a falta de eficiência energética e de risco de incêndio, com muita madeira e paredes em tabique. O imóvel tem mais de cem anos, de 1917, que nunca teve uma intervenção de fundo. O aquecimento era a gaz, tínhamos dezenas de botijas durante todo o Inverno e isso colocava mesmo em risco quem ali trabalhava e os munícipes que recorriam aos serviços», considera Amílcar Salvador. Os trabalhos não afetam a estrutura e as fachadas, que vão ser mantidas. Já o interior vai ser «totalmente reformulado e vai ter condições muito dignas e com qualidade e modernidade», acrescenta o edil trancosense, destacando a criação de acessos para pessoas com mobilidade reduzida, a instalação de um elevador.
Esta é uma obra aguardada há várias décadas na “cidade de Bandarra”, sendo que os serviços camarários foram distribuídos por vários espaços do centro histórico. «Grande parte funciona no Clube Trancosense, ao lado da Câmara, e acomodámos mais alguns no edifício B. Também vamos aproveitar a abertura da incubadora de empresas, para ali sediar secções vocacionadas para o empreendedorismo, bem como o Gabinete de Apoio ao Emigrante», acrescenta Amílcar Salvador. A requalificação dos Paços do Concelho de Trancoso obteve uma comparticipação do Estado da ordem dos 673 mil euros, através de dois contratos-programa celebrados com a Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) de 366 mil euros e de 306 mil euros. «Ou seja, temos assegurado um apoio de cerca de 50 por cento do custo da obra», realça o presidente do município.
Usado como Paços do Concelho desde 1917, o edifício «nunca teve qualquer tipo de intervenção significativa e apresenta inúmeras patologias a nível da estrutura, da cobertura, da caixilharia e da eficiência energética que urge corrigir», lembrou o autarca em agosto último.