A Escola Básica de Santa Clara, na Guarda, decidiu reviver a tradição do “Pão por Deus”. Para isso, irá decorrer esta quarta-feira, no recinto da escola, uma atividade para recordar essa genuína e importante tradição portuguesa.
Reza a história que o “Pão por Deus” tem raízes num ritual pagão do século XV, o qual foi retomado um ano depois do terramoto de 1755, consistindo em pedir pão às famílias mais abastadas. No dia 1 de novembro, dia de Todos os Santos, a população mais pobre de Lisboa terá aproveitado para sair às ruas e bater à porta dos mais afortunados, e, assim, mitigar um pouco a fome.
A tradição manteve-se ao longo dos tempos, sobretudo fora das grandes cidades, e com duas alterações significativas: o “peditório” passou a ser feito apenas por crianças, e, em vez de pão, os donos das casas dão hoje bolinhos, romãs e frutos secos ou doces e guloseimas. Para satisfação de alguns também há quem dê dinheiro!
O “Pão por Deus” é uma tradição antiga e muito semelhante ao dia das Bruxas ou Halloween (dos países anglo-saxónicos), no qual as crianças batem às portas pedindo doces ou travessuras (trick or treat).
A atividade na escola consiste na divulgação de cantares e na confecção de doces típicos e a sua digestão pelos alunos.
Ana Carolina M. C. B. Martins, n.º 1, 6ºA; João Tomás R. Borges, n.º 12, 6º A; Júlia Anastácio Águas, n.º 13, 6º A; Pedro Miguel F. L. Mota, n.º 16, 6º A; EB 2 Santa Clara, Guarda