Entrevista Especial Pinhel

Miradouros e Falcoaria para “Ver e Sentir o Falcão”

Côa
Escrito por Efigénia Marques

Para valorizar e promover o património ambiental e natural das encostas do rio Côa, entre Pinhel e Cidadelhe, o município pinhelense tem em curso o projeto “Ver e Sentir o Falcão”.
O empreendimento contempla a construção de uma Falcoaria, junto às torres do castelo, de quatro miradouros sobre o rio na Faia, Vale Madeira, Bogalhal e Quinta Nova, bem como a recuperação de caminhos na margem. Atualmente, está em fase de execução a construção da falcoaria e do miradouro da Faia, na União de Freguesias do Vale do Côa. Trata-se da primeira fase do projeto e está orçada em cerca de 360 mil euros. No primeiro caso, a obra propriamente dita terá início «em breve», tendo estado a decorrer trabalhos de arqueologia no terreno onde a Falcoaria vai ser construída. Ainda segundo fonte da autarquia, já a construção do miradouro da Faia deverá arrancar «este mês» depois de uma pausa relacionada com «as naturais contingências ambientais» impostas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Este miradouro estará cerca de 25 metros acima do rio e será todo em vidro.
Até ao final do ano vão ser lançados concursos para a construção de outros dois na Quinta Nova e Bogalhal Velho. O projeto inclui também o arranjo de antigos carreiros e caminhos ribeirinhos de forma a criar um percurso pedestre com cerca de onze quilómetros entre Pinhel e Cidadelhe ao longo do Côa. O “Ver e Sentir o Falcão” vai ser candidatado ao Turismo de Portugal e a fundos comunitários. «É um projeto muito ambicioso para potenciar o turismo de natureza numa zona do concelho com muitos atrativos do ponto de vista paisagístico, natural e cultural, com as gravuras rupestres de Cidadelhe, já no Parque Arqueológico do Vale do Côa», afirma Rui Ventura, presidente do município. Outro objetivo é intensificar a «ligação intrínseca da cidade ao falcão», pelo que a falcoaria será um «espaço de conhecimento e de contacto com a arte de criar, treinar e cuidar de falcões e outras aves de rapina», refere o presidente do município.
O projeto surgiu após o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) ter dado parecer negativo à instalação de passadiços no Côa, na zona de Cidadelhe, para permitir visitar as gravuras rupestres ali existentes. A O INTERIOR, Rui Ventura, autarca local, estima que esta rede de miradouros esteja concluída no próximo ano.

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Efigénia Marques

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