Economia

Porto seco na Guarda é «irreversível»

Escrito por Luís Martins

A criação de um porto seco na Guarda «é irreversível», considera o presidente do Conselho de Administração da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), entidade que está «comprometida» em concretizar o projeto na cidade mais alta.  

Nuno Araújo foi um dos oradores no seminário dedicado ao tema esta quinta-feira na Câmara Municipal , onde deixou claro que o empreendimento tem «todas as condições» para avançar. «Se todos estamos interessados, Governo incluído, não há dificuldades que o possam atrasar». O responsável acrescentou que este encontro foi «o primeiro passo» para a sua construção e desafiou as empresas da região a aderirem.

O porto seco é um projeto que envolve a Câmara da Guarda e consiste na construção de um terminal intermodal terrestre de mercadorias diretamente ligado por estrada e ferrovia aos portos de Leixões, Aveiro, Figueira da Foz e Lisboa, gerando uma redução significativa dos custos de contexto para as empresas. 

Contudo, as obras na Linha da Beira Alta, que a Infraestruturas de Portugal estima estarem concluídas em 2023, pode atrasar a sua construção. Um contratempo desvalorizado por Nuno Araújo: «A ferrovia é um constrangimento hoje mas vai ser potenciada no futuro. Além disso, ainda temos que fazer o “lay-out” do porto seco, montar a infraestrutura, fazer alguns investimentos na Guarda, adquirir terrenos e equipamentos, melhorar os espaços e isso vai demorar o seu tempo. É uma circunstância que irá beneficiar ainda mais esse trabalho», afirmou o presidente da APDL. 

Uma ideia partilhada por Carlos Chaves Monteiro, presidente da Câmara da Guarda, para quem «é preciso definir o modelo de gestão do porto seco, juntar já os parceiros e as sinergias que existem para não atrasar a sua concretização». Segundo o autarca, a cidade «tem as condições ideais» para acolher este projeto, que irá concentrar «mais atividade económica, mais capacidade de atração de empresas e com isso gerar mais investimento e mais emprego».

Na sessão participaram também os operadores do porto de Leixões Yilport Leixões, representada pelo seu diretor-geral, Nuno Silva, e a TCGL, pelo administrador Urbano Gomes, bem como o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes. Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR.

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Luís Martins

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