O novo ano vai trazer um aumento generalizado de preços. Da eletricidade às portagens, passando pelo pão e as telecomunicações. Aqui ficam algumas das atualizações de preços já conhecidas.
O preço do pão vai voltar a subir em 2024 devido ao aumento dos custos de produção, justificou a Associação do Comércio e da Indústria da Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP). Além do preço das matérias-primas, os custos com os salários têm penalizado o setor, que assinala também dificuldade em contratar mão-de-obra.
O preço da eletricidade vai aumentar 3,7 por cento em janeiro, no mercado regulado, face a dezembro, um valor superior ao que a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos previa em outubro. No mercado liberalizado, apenas a EDP Comercial anunciou que, a partir de janeiro, vai reduzir a componente “energia” em 21 por cento face às «condições mais favoráveis» do mercado na tentativa de mitigar o aumento das tarifas de acesso às redes, mas sem antecipar as tarifas finais.
As tarifas do gás natural para as famílias no mercado regulado aumentaram 0,6 por cento em outubro, face aos preços praticados em setembro. Este aumento implicou uma subida média mensal entre dez e 15 cêntimos para as duas categorias mais representativas de clientes, um casal com dois filhos e um casal sem filhos, respetivamente. A Galp aumentou os preços em média em 4 por cento, enquanto a EDP desceu em cerca de 20 por cento, a partir de outubro.
Já as rendas vão ser atualizadas em 6,94 por cento no próximo ano, o valor mais alto desde 1994, com a subida a ser parcialmente atenuada pelo reforço do apoio aos inquilinos e da parcela das rendas que pode reduzir o IRS.
Ao contrário do que sucedeu em 2023, em 2024 as rendas podem aumentar em linha com o indicador de inflação que serve de referência para a sua atualização e que, segundo o valor apurado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), é de 6,94 por cento.
Nas portagens, a inflação que serve de referência à atualização anual das tarifas aponta para um aumento de 1,94 por cento em 2024, ao qual deve somar-se 0,1 por cento que as concessionárias podem aplicar como compensação pelo limite à subida de preços que lhes foi imposto em 2023.
Assim, a conjugação da taxa de inflação com a contrapartida prevista, resulta num aumento de 2,04 por cento, o que corresponde a menos de metade da subida observada em 2023. Mas o novo ano trará também reduções de 30 por cento nas portagens das antigas SCUT do interior, caso da A23 e A25, e Algarve.
Também os preços das telecomunicações vão subir. De acordo com informação disponível no site, a Meo atualizará os valores «de acordo com as condições contratuais em vigor». No que respeita às mensalidades de serviços pós-pagos móveis, a atualização entra em vigor a 1 de janeiro de 2024, com o valor mínimo contratualmente previsto de 50 cêntimos com IVA. A 1 de fevereiro será feita a atualização das mensalidades de serviços fixos com televisão e convergentes.
Por sua vez, a NOS atualizará o preço dos serviços segundo o IPC. «Esta atualização incide sobre as mensalidades de serviços, bem como as tarifas extra “plafond”» e «os novos preços entrarão em vigor a 1 de fevereiro de 2024», refere a operadora. Também a Vodafone Portugal refere, no seu site, que vai atualizar o preço dos seus serviços de telecomunicações, a partir de 1 de fevereiro de 2024, sendo o aumento calculado através do IPC.