O ministro do Ambiente esclareceu esta terça-feira que a fatura da eletricidade vai baixar em 2019 «para todos os portugueses», não apenas para os consumidores do mercado regulado, num valor correspondente a 1,5 euros mensais.
À margem de uma conferência sobre eficiência energética e hídrica, em Lisboa, Matos Fernandes disse que a redução do valor pago pela energia elétrica resulta da diminuição de quase 17 por cento da tarifa de acesso a rede, que beneficia os seis milhões de contratos existentes.
«Destes seis milhões cerca de um milhão estão no mercado regulado e esses são aqueles para os quais a ERSE fixa a tarifa e para esses podemos dizer que vai baixar 3,5 por cento. Nos outros a percentagem não há de ser muito diferente dessa, mas os contratos são diferentes entre si e, portanto, não podemos ser tão rigorosos na fixação desse valor. Agora, um euro e meio todos os portugueses vão pagar menos porque para todos a tarifa vai baixar», afirmou o governante.
O ministro lembrou ainda que, além desta redução, será possível aos consumidores domésticos baixarem a fatura que pagam pela eletricidade se optarem por ter uma potência instalada inferior a 3,45 kva, uma vez que o IVA baixa de 23 para 6 por cento. «Esta redução é somada à redução que já vão ter todos, de 3,5 por cento naqueles que têm a tarifa regulada e que corresponde a 1,5 euros para todos os consumidores portugueses», sublinhou Matos Fernandes.
Na segunda-feira, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) anunciou que as tarifas de eletricidade no mercado regulado vão descer 3,5 por cento para os consumidores domésticos a partir de 1 de janeiro. Os preços para as famílias que ainda estão no mercado regulado descem assim pelo segundo ano consecutivo, depois da ERSE ter revisto a proposta feita em outubro, que previa uma subida das tarifas de 0,1 por cento.
Esta redução de 3,5% representa uma diminuição de 1,58 euros para uma fatura mensal de 45,1 euros, de acordo com as contas divulgadas pelo regulador.