Economia

Danone destrona Celtejo no distrito de Castelo Branco

Danone
Escrito por Efigénia Marques

A Danone recuperou a liderança do ranking das empresas do distrito de Castelo Branco em 2020. Após dois anos consecutivos na segunda posição, a multinacional de produtos lácteos da sede do distrito ultrapassou a Celtejo graças a um volume de negócios de mais de 107,2 milhões de euros e um resultado líquido que ultrapassou os 5,8 milhões de euros.
A empresa de celulose de Vila Velha de Ródão ficou a cerca de 1,8 milhões de euros do primeiro lugar, uma vez que o volume de negócios do exercício foi da ordem dos 104,5 milhões de euros, enquanto o resultado líquido ficou-se por pouco mais de 3,5 milhões de euros. No primeiro ano da pandemia da Covid-19, tanto a Danone como a Celtejo viram o seu volume de negócios baixar comparativamente a 2019, situação que teve maior impacto nas contas da produtora de pasta de papel do grupo Altri, que registou uma quebra de 22 por cento, muito mais que a redução de 8 por cento reportada na empresa de iogurtes. Apesar disso, as duas continuam a ser as maiores empresas do distrito com volumes de negócio acima dos 100 milhões. A Celtejo foi também a maior exportadora da região de Castelo Branco, tendo ultrapassado os 71,1 milhões de euros de vendas ao estrangeiro.
A Navigator Tissue Ródão, outra produtora de papel, permaneceu na terceira posição da lista albicastrense com um volume de negócios de cerca de 81,7 milhões de euros, ou seja, menos cerca de 9,7 milhões de euros face ao ano anterior. A boa notícia é que o resultado líquido do exercício ultrapassou ligeiramente os 12 milhões de euros, registando uma subida de quase 8 milhões relativamente ao exercício de 2019. Por sua vez, a Schreiber Foods Portugal subiu um lugar para a quarta posição fruto dos mais de 71,7 milhões de euros de volume de negócios e com isso destronou a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, que registou pouco mais de 70,9 milhões de euros e passou a ocupar o quinto lugar. Em 2020, a ULS obteve ainda um resultado líquido negativo superior a 11,5 milhões de euros. Com posição inalterada continuou a Frulact, que obteve um volume de negócios acima dos 58,8 milhões de euros e é a segunda empresa mais exportadora do distrito, com mais de 53,4 milhões.
O ranking de 2020 regista 19 subidas, com destaque para a Beirabaga (Fundão), que trepou 12 lugares para 34º, tal como a J3LP, que ocupa agora o 37º lugar. Inversamente, houve 19 descidas, nomeadamente da empresa de confeções Twintex, que caiu 13 posições para 46º. Em termos de desempenho, sobressaiu a Unitom, com um crescimento do volume de negócios de quase 20 por cento face ao ano anterior para mais de 39,7 milhões de euros, o que lhe garantiu o oitavo lugar da lista. Foi também a terceira maior exportadora do distrito. Já a quebra mais acentuada do volume de negócios (-36 por cento) foi protagonizada pela têxtil Paulo de Oliveira, que terminou o ano com cerca de 26,3 milhões de euros de faturação e desceu sete lugares para o 15º.
Este ano houve seis entradas diretas no ranking albicastrense, sobressaindo a Central de Biomassa do Fundão cujo crescimento de 180 por cento do volume de negócios lhe valeu o 25º lugar da tabela. Tal como no passado, as unidades de saúde continuam a ser as maiores empregadoras do distrito, sendo que a ULS de Castelo Branco contava 1.468 funcionários e o Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (Covilhã) empregava 1.363 pessoas.

50 maiores empresas do distrito de Castelo Branco (2020)

Tabela Castelo Branco

*(Vol. de negócios em milhões de euros)

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Efigénia Marques

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