A Sodecia já reagiu à greve desta quarta-feira na fábrica do parque industrial da Guarda. Em comunicado enviado a O INTERIOR, a administração da empresa refere ter «ficado surpreendida» com dois pré-avisos de greve emitidos pelo SITE CN, sindicato afeto à CGTP, e considera que «estas iniciativas, sem prejuízo do respeito pelo direito à greve, são absolutamente infundadas e não refletem a paz social que sempre foi vivida na empresa».
A Sodecia acrescenta que «cumpre com todas as obrigações para com os colaboradores, sem qualquer atraso ou restrição», realçando que os salários praticados na unidade da Guarda «estão em linha com o setor e, em média, são superiores ao contrato coletivo de trabalho do setor». Para a administração, é desta forma que a empresa de componentes para automóveis «reconhece a valia dos respetivos colaboradores».
No comunicado, a Sodecia afirma que «utiliza o regime de Banco de Horas em total conformidade com o estabelecido na regulamentação coletiva aplicável» e esclarece «o recurso ao Banco de Horas foi justificado por uma avaria importante num equipamento, que tornou necessário recuperar o atraso». No entanto, adianta que o uso do Banco de Horas foi «limitado no tempo a três semanas e em uma hora por dia, ou seja, no mínimo possível e adequado a resolver um problema sério de cumprimento junto do cliente».
A empresa conclui a missiva a salientar que «está empenhada em assegurar a continuidade da sua atividade, numa realidade económica internacional altamente competitiva e complexa, e em garantir todos os postos de trabalho com respeito pelas regras aplicáveis».