O Guarda Desportiva Futebol Clube, que vai participar no Campeonato de Portugal, divulgou esta semana, em conferência de imprensa, os objetivos para a época que vai começar a 11 de setembro com a primeira eliminatória da Taça de Portugal, seguindo-se no dia 18 a estreia no campeonato, sob a orientação do técnico Pedro Duarte.
Segundo Alexandre Chaves, gestor desportivo do clube, o objetivo é conseguir a manutenção, que «seria fantástico para nós num clube que deve crescer, desenvolver-se e criar, aos poucos, a sua história». O dirigente considera que «a própria cidade merece e tem condições para ter um clube nestas competições, portanto, é uma questão das entidades locais perceberem e as empresas darem a sua colaboração». Quanto ao plantel para a próxima temporada, Alexandre Chaves adiantou que se trata de uma equipa com alguns atletas «com vários anos de experiência e também mais jovens, que vêm, por exemplo, do Sporting Clube Portugal, jogadores que já representaram a seleção nacional no seu escalão de formação e até alguns que já competiram na Taça dos Libertadores da América. Um plantel que tem uma média de idades à volta dos 22/23 anos». Tratando-se da estreia numa competição nacional, «não é fácil fazer um plantel de raiz e entrar neste contexto de exigência que vai ser muito grande», reconheceu.
O clube vai permitir a alguns jovens do distrito, e até de fora, participarem nos treinos durante as próximas semanas. Um fator que, na opinião do dirigente da coletividade, «terá impacto na cidade porque esses jovens vão dormir aqui estas semanas, alugar hotéis e consumir produtos. Deixámos três ou quatro lugares em aberto no plantel para que alguns fiquem connosco», disse. Alexandre Chaves sublinhou que, ao contrário do que tem passado para a opinião pública, «não temos apenas jogadores de fora, até temos menos estrangeiros do que a lei permite, pois são permitidos seis extracomunitários e nós temos quatro».
O orçamento inicial para a nova temporada ronda os 150 mil euros e o dirigente do Guarda Desportiva esclarece que se trata de «um esforço enorme por parte da direção, que avança com capitais próprios e é o próprio presidente do clube (Tiago Laurindo) que faz esse esforço». O clube está a tentar encontrar um conjunto de parceiros, entidades e empresas da cidade «para tentar minimizar ao máximo o esforço que se tem vindo a fazer», salientou. Alexandre Chaves afirmou também que «estamos a aguardar uma resposta da Câmara Municipal, que acho que não vai ficar indiferente, porque tem aqui uma oportunidade de demonstrar a sua colaboração. A visibilidade e mediatismo de uma competição como o Campeonato de Portugal são muito grandes, incluindo as transmissões televisivas», lembrou.
A Guarda Desportiva Futebol Clube renovou o protocolo com o Guarda Unida, no sentido de existir uma cooperação para que a equipa de sub-19 receba atletas jovens do Guarda Desportiva. O objetivo é «aumentar a qualidade das equipas, em vez de sermos concorrentes é melhor termos uma equipa mais forte, com mais competência e qualidade». O clube também criou um departamento de “scouting” para «analisar gradualmente todos os seus atletas e os do distrito». Alexandre Chaves também sublinha que o Guarda Desportiva tem um espaço para alojar os atletas «com excelentes condições de conforto e alimentação, com vontade de colaborar, crescer e fazer parte da comunidade» e que o processo instaurado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) foi arquivado. «Apresentámos toda a documentação necessária e exigida, porque se assim não fosse, não poderíamos ter inscrito a equipa no Campeonato de Portugal, declarou.
O clube disponibilizou-se para a apresentação do projeto “Fundo Crescer- 2024” e «comunicámos à Câmara Municipal que tínhamos interesse em concorrer a esse fundo. Serão 254 mil euros a fundo perdido para as coletividades desenvolverem projetos de reabilitação ou construção de novas instalações desportivas. «Estamos interessados em apresentar uma proposta em conjunto com a Guarda Unida Desportiva», afirmou.
Carlos Gomes
