Cultura

SIAC terminou, mas exposições continuam

Escrito por Luís Martins

Dada a procura e interesse suscitado, o antigo Cine-Teatro da Guarda vai permanecer de portas abertas até ao final do mês

O Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC) terminou no domingo na Guarda, mas as principais exposições vão continuar patentes até setembro. Também o antigo Cine-Teatro permanecerá de portas abertas até ao final do mês tal foi o interesse dos guardenses e de outros visitantes em conhecer o emblemático edifício de meados do século passado.
Entretanto, município e proprietários estão a acertar as condições de um contrato de comodato para que o espaço, onde decorreu a sessão de encerramento do SIAC, possa acolher mais eventos culturais no futuro. Segundo João Mendes Rosa, diretor do Museu da Guarda e coordenador do Simpósio, mais de 6.200 pessoas foram ver as exposições fixas do SIAC patentes no museu, Paço da Cultura, capela do Solar dos Póvoas e Cine-Teatro. Para Carlos Chaves Monteiro, presidente do município, o balanço da quarta edição do simpósio é «positivo, motivador e obriga-nos a ter mais motivação na realização do próximo simpósio para atingir uma cada vez maior dimensão nacional e internacional na cultura». O autarca considerou que a Guarda tem que ser conhecida «como cidade de fruição da arte, pelo que vamos disseminar as obras produzidas nesta edição pelo espaço público». Para o futuro está prevista a construção do “Quarteirão das Artes”, onde vai surgir um museu de arte contemporânea que será enriquecido com o espólio legado pelas diferentes edições do SIAC.
«O projeto já existe e essa é uma ambição da Câmara alicerçada na candidatura a Capital Europeia da Cultura porque consolida a aptidão universalista da cidade e a ideia de proximidade da arte com os cidadãos na Guarda», acrescentou Chaves Monteiro. Este ano, o SIAC envolveu 130 artistas de 15 países, que trabalharam durante 14 dias na cidade mais alta. Organizado pela autarquia e pelo Museu, o simpósio teve como tema “Terra Herdada – Paisagens Legadas” e contou com oficinas e workshops de pintura, escultura, exposições, gravura, cerâmica, desenho, fotografia, instalações, cinema, poesia experimental, recitais de poesia, colóquios, cursos de formação artística, música contemporânea e dança, bem como pintura e escultura ao ar livre.
As atividades decorreram no museu, na Praça Luís de Camões, na Torre de Menagem, no Teatro Municipal e no antigo Cine-Teatro, fechado desde 1987. Até setembro ainda pode ver a exposição conjunta de Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, José Pedro Croft e Zulmiro de Carvalho no Museu, o surpreendente trabalho do ceramista João Carqueijeiro no Paço da Cultura e a pintura de intervenção de Luís Herberto na galeria de arte do TMG.

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Luís Martins

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