Cultura

«Quanto se gastou e o que se aproveita da candidatura a Capital Europeia da Cultura?»

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Escrito por Efigénia Marques

Repto foi lançado por Albino Bárbara na tomada de posse dos novos órgãos sociais do Centro Cultural da Guarda

«A candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura foi uma autêntica brincadeira que nos custou caro. Já se apurou o montante? O que é que se aproveita desse investimento?», interroga o presidente do Centro Cultural da Guarda.
Albino Bárbara iniciou, no passado dia 10, o quinto mandato consecutivo à frente da coletividade, que comemorou 60 anos em novembro, e na tomada de posse deixou vários recados ao município. No caso da fracassada candidatura a Capital Europeia da Cultura, o dirigente considerou que o movimento associativo foi «ingénuo» no processo e pediu ao presidente da Câmara para que não avance com o Plano Estratégico para a Cultura, apresentado recentemente e que estará em consulta pública em breve: «Era um projeto de Torres Novas que foi adaptado ao concelho da Guarda e cujas conclusões foram: Torres Novas urbanidade, Guarda ruralidade. Para isso não era preciso gastar dinheiro. Espero que este projeto não vá para a frente», interpelou Albino Bárbara.
No seu discurso, o presidente do Centro Cultural reiterou que a instituição «é o maior embaixador que a Guarda tem pelo país fora» e assegurou que as suas diferentes valências vão continuar contando para tal com o apoio do município. Para Sérgio Costa, isso não está em causa porque «temos absoluta certeza que o seu extraordinário trabalho em prol da cultura do nosso concelho continuará a ter a mesma qualidade no seu inestimável serviço que presta, como sempre prestou, a todos os guardenses». Quanto ao resto, o presidente da Câmara da Guarda adiantou que o dinheiro gasto na candidatura a Capital Europeia da Cultura ainda não está «totalmente apurado, há contestações a decorrer» e que, no caso do Plano Estratégico, terá que ser «discutido publicamente, os guardenses que se pronunciem».
No início da cerimónia, José Valbom, reeleito presidente da Assembleia-Geral, desafiou o Centro Cultural a apostar em novos públicos usando «nomeadamente, os meios digitais» e a procurar novos elementos para as suas valências. Além de Albino Bárbara, a direção é composta por Alexandre Gonçalves e Nuno Silva como vice-presidentes; e Helena Pilão e Ariana Silva como secretárias e Joaquim Mingacho e Helena Potninha como tesoureiros. Carlos Gonçalves é vice-presidente da Assembleia-Geral e Ema Mateus secretária, enquanto o Conselho Fiscal é presidido por Fátima Vitória, tendo Teresa Rodrigues e Isabel Fonseca como vogais.

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Efigénia Marques

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