“O Retrato em João Abel Manta – Perfis para as Selectas” é a exposição retrospetiva patente no Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, em Gouveia.
A mostra foi inaugurada na sexta-feira, no âmbito das Festas do Senhor do Calvário, e é uma oportunidade única para ver os inúmeros trabalhos que o artista dedicou ao retrato no contexto geral da sua obra multifacetada. Pensada exclusivamente para o museu gouveense, do qual João Abel Manta (1928) foi o principal doador, esta exposição é «a homenagem que faltava fazer» nos 37 anos de existência do museu, refere a autarquia. Estão patentes cerca de 200 peças, entre pintura, desenho e cartazes, com a estrutura da exposição dividida em cinco áreas dispositivas: Depois da grande guerra, entre lisboa e paris: os rostos da sua geração e do seu mundo; Dinossauros excelentíssimos: Salazar, Caetano e outras figuras do poder; “Uma coisa nunca vista”: os rostos da revolução; “Diálogos confidenciais”: um imenso museu imaginário em papel de livro e jornal e “Sou um pintor tardio”: retratos da memória, do mito e do sonho.
Há obras doadas ao Museu Abel Manta e outras provenientes dos Museus de Lisboa e Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, bem como da coleção do próprio artista, algumas das quais nunca antes exibidas ao público. Produzida pelo museu gouveense, a mostra tem a colaboração direta de João Abel Manta e família. A curadoria é de Pedro Piedade Marques, segundo o qual esta grande exposição procura, «pela primeira vez, destacar da imensa obra gráfica e plástica de João Abel Manta uma amostra significativa de obras com as quais, ao longo de mais de meio século, ele foi erigindo uma espécie de “panteão pessoal” de vivos e mortos, familiares e amigos, heróis e némesis, um “museu imaginário” que cedeu aos seus coevos e a nós, os seus herdeiros». A exposição pode ser vista até 16 de outubro.
O retratista João Abel Manta para descobrir em Gouveia
