Cultura

João Morgado publica romance histórico sobre Fernão de Magalhães

Escrito por Jornal O Interior

O escritor João Morgado fechou a “Trilogia dos Navegantes”, onde apresenta a biografia romanceada de figuras cimeiras da época de ouro dos Descobrimentos portugueses, com o livro “Fernão de Magalhães e a Ave-do-Paraíso”, lançado oficialmente no passado dia 10 no Planetário, em Lisboa.

Depois de “Vera Cruz”, sobre Pedro Álvares Cabral, e “Índias”, sobre Vasco da Gama, este novo romance histórico é editado pela Esfera das Letras no ano em que se comemoram os 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães. A obra foi apresentada por João Paulo Oliveira e Costa, professor catedrático de História da Universidade Nova de Lisboa, para quem este livro tem «uma lição de história fortíssima. Hesito se podemos catalogá-lo como um romance. É muito realista. Precisamos uma nova categoria: “recriação histórica”». O romance acompanha o navegador na mais difícil e longa viagem marítima da História e que lhe permitiu alcançar com êxito o objetivo sonhado por Cristóvão Colombo: chegar à Ásia rumando a ocidente. Uma viagem às ordens do rei de Castela, o que lhe mereceu a perseguição de D. Manuel I.
«É graças ao génio criativo de João Morgado e à sua enorme capacidade de recrear ambientes numa linguagem que sabe respeitar o tom da época, sem cair em anacronismos, mas também sem ser pesada e de difícil leitura, que nos permite ficar facilmente inseridos num ambiente que nos leva a pensar estar a percorrer pela primeira vez toda a esfera terrestre como se estivesse lá há quinhentos anos atrás…», escreve o historiador José Manuel Garcia, que foi o consultor científico deste livro, no prefácio da obra. Por sua vez, João Morgado considera que a «visão, ousadia, coragem e determinação» de Fernão de Magalhães foram determinantes para esta epopeia: «Ele foi global, antes da globalização. Provou experimentalmente que a terra era redonda e concluiu, no essencial, o grande ciclo dos Descobrimentos marítimos, iniciado um século antes, em Portugal», sublinha o autor.

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Jornal O Interior

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