João Mendes Rosa é agora nome da sala de exposições temporárias do museu da Guarda. Falecido há quase um ano, o antigo diretor da instituição e criador do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC) foi homenageado esta quinta-feira pela autarquia no arranque das comemorações dos 823 anos da Guarda.
Criador e dinamizador cultural inveterado, João Mendes Rosa foi o grande responsável pelo renascimento do museu guardense a partir de 2016 com várias exposições de artistas contemporâneos de renome nacional e internacional. A ele se ficou a dever a vinda obras de Paula Rego e Santa-Rita Pintor ou da Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras iniciativas arrojadas para uma cidade do interior do país, como o SIAC. Por tudo isso, esta homenagem «é mais que merecida», disse Sérgio Costa.
O presidente da Câmara acrescentou que o município terá «sempre como inspiração o trabalho que João Mendes Rosa fez pela nossa terra e temos que estar muito gratos por isso». Presente na cerimónia, a família do antigo diretor do museu guardense agradeceu a homenagem que considerou «merecida», como disse o filho, Francisco Mendes Rosa, que lembrou o «trabalho revolucionário» do pai, cuja «principal faceta era quere a arte participada e vivenciada pelo cidadão comum»
Além de museólogo, João Mendes Rosas foi ensaísta, ficcionista, poeta, historiador, arqueólogo, dramaturgo e artista plástico, tendo publicado mais de 30 livros, do romance aos estudos arqueológicos e museográficos, da poesia à biografia, passando pela investigação histórica, o conto e o teatro. Natural da Guarda, João Mendes Rosa faleceu a 7 de dezembro de 2021 em Oeiras, onde dirigia a Divisão da Cultura da autarquia, função que assumiu em junho de 2020 após sair do Museu da Guarda.
No final da sessão foi apresentado o nº 43 da revista cultural “Praça Velha”, publicada pela Câmara da Guarda.