O Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, inaugura este sábado a exposição “Graça Morais – Mapas da Terra e do Tempo”.
Com curadoria de Jorge da Costa, a mostra revela a influência e a relação da obra da pintora com «a mais primitiva forma de arte». Uma delas, a enigmática figura do “homem bisonte” descoberta na caverna de Les Trois Frères (França), tem mais de 14 mil anos e é uma das muitas referências da arte do Paleolítico que Graça Morais (1948) transfere para sua pintura.
Mas há mais metamorfoses para ver nesta exposição que reúne desenhos e pinturas da artista natural de Vieiro (Vila Flor), onde abundam figurações e transfigurações de animais ou de figuras femininas. No texto de apresentação desta mostra, Jorge da Costa considera que «esta sintonia com arte do Paleolítico sobressai sobretudo no seu virtuoso desenho, visível na sobreposição de linhas e formas, na interrupção abrupta do traço ou a aglomeração dos elementos, onde a relação com as gravuras do Côa, não só salta à vista, como é transversal ao conjunto de trabalhos, alguns deles inéditos». A exposição está patente até 25 de setembro.