Cultura

Foz Côa recebe exposição da Coleção de Arte Contemporânea do Estado

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Escrito por Efigénia Marques

A Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) chega a Vila Nova de Foz Côa a 17 de fevereiro, naquela que será a primeira paragem da itinerância deste espólio pelo país.
Até 30 de julho, o Museu do Côa e o Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa têm patente a exposição “Dark Safari”, com mais de 40 obras de autores portugueses e estrangeiros. Estão representados Andy Warhol, Fernão Cruz, Helena Almeida, Hugo Canoilas, Jimmie Durham, João Fonte Santa, Joaquim Rodrigo, Kiluanji Kia Henda, Luís Lázaro Matos, On Kawara, Tiago Alexandre e Tiago Baptista, entre outros artistas. Segundo a curadora da CACE, Sandra Vieira Jürgens, esta mostra resulta de uma parceria entre a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Fundação Côa Parque e o município fozcoense. Com curadoria dos artistas Sara & André e Manuel João Vieira, “Dark Safari” é composta por peças maioritariamente adquiridas em 2020 e 2021.
A CACE é uma coleção de natureza pública, iniciada pelo Estado em 1976, através da antiga secretaria de Estado da Cultura e composta por obras realizadas em diversos suportes (pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, vídeo, instalação), na sua maioria, mas não exclusivamente de artistas portugueses. Tutelada pelo Ministério da Cultura, através da DGPC, encontra-se depositada e disponível na Fundação de Serralves, Fundação do Centro Cultural de Belém, Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e no Museu de Aveiro, entre muitas outras instituições. Tendo permanecido durante muito tempo uma coleção paralisada, sem novas aquisições, e fechada em depósito, na maioria dos casos, a CACE foi reativada em 2019, no âmbito de uma política pública de arte contemporânea que privilegia a criação artística nacional e a sua fruição em todo o território.
«A escolha de Foz Côa para acolher esta primeira grande exposição da CACE tem especial simbolismo: acontece num território de baixa densidade, distante das áreas metropolitanas, e, além do mais, é muito enriquecedor apresentar o trabalho de artistas contemporâneos num espaço que os coloca em diálogo com as primeiras manifestações artísticas do Homem, daquilo a que hoje poderíamos chamar de “arte pública”», disse o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, à agência Lusa. “Dark Safari” sucede à exposição “Graças Morais: Mapas da Terra e do Tempo”, que foi a mais visitada de sempre no Museu do Côa, com 37.000 visitantes, segundo a instituição.

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Efigénia Marques

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