O poeta António Salvado morreu este domingo, aos 87 anos. O escritor natural de Castelo Branco publicou mais de 80 títulos, entre ensaios, antologias e sobretudo poesia.
O seu primeiro livro de poesia, “A Flor e a Noite”, foi publicado em 1955, quando tinha 18 anos. Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa nem 1959, mas durante o curso recebeu do Governo francês uma bolsa de estudo para frequentar a Universidade de Sorbonne, em Paris.
Frequentou depois, em Coimbra, o curso de Ciências Pedagógicas, tendo-se dedicado ao ensino. Em 1961, casou-se com a geógrafa Maria Adelaide Neto dos Santos. Regressou a Castelo Branco em 1969 e foi professor no Liceu Nuno Álvares, onde estudara.
Entre 1974 e 1977 dirigiu a revista de cultura Estudos de Castelo Branco. Em 1974 assumiu a direção do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, função que desempenharia até 1990.
Nesse ano passou a lecionar humanidades na Escola Superior de Educação de Castelo Branco, onde permaneceu até à reforma. Foi vencedor de inúmeros prémios literários e alvo das mais diversas distinções. A 6 de fevereiro de 2010 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e em 2016 a Universidade da Beira Interior atribuiu-lhe o grau de Doutor Honoris Causa.
Em 2018 deu nome ao Prémio Internacional de Poesia – António Salvado – Cidade de Castelo Branco.
