O texto “O Esplendor do Caos”, de Eduardo Lourenço, inspirou a nova peça de teatro da ASTA, em cocriação com a bruxa Teatro, de Évora, que estreou esta terça-feira no Teatro Municipal da Covilhã.
No referido testo, o filósofo conclui amarguradamente que «o que há de novo no mundo contemporâneo não é a persistência da fome, da doença, a exclusão de milhões de homens de um mínimo de dignidade, mas sim a constatação de que esses fenómenos coexistem como espetáculo, de uma civilização dotada de todos os meios e poderes para os abolir». Um pensamento que as duas companhias encenam para «discutir se a desordem em que estamos mergulhados desde a economia até à ética releva ou não do conceito de caos. Do que não há dúvidas é que o habitamos como se fosse o próprio esplendor», adianta a produção. A dramaturgia e direção são de Marco Ferreira e a interpretação está a cargo de Carmo Teixeira, Danilsa Gonçalves e Elsa Pinho. A peça está em cena esta noite e na quinta-feira, sempre às 21h30.
Eduardo Lourenço inspira nova peça da ASTA
