Cultura

APOM distingue Museu da Covilhã, Elisa Pinheiro e Câmara de Belmonte

Escrito por Luís Martins

O Museu da Covilhã (na foto) foi considerado o melhor museu do ano pela Associação Portuguesa de Museologia (APOM).

A distinção foi justificada pelo «exemplo» que o museu covilhanense representa «ao nível da inclusão de públicos com limitações a vários níveis, pela qualidade do seu projeto e pela priorização de questões relacionadas com a acessibilidade dos seus espaços e conteúdos expositivos», revelou João Neto, presidente da APOM. Financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito do Turismo Acessível – programa “Valorizar”, o projeto museológico integra a estratégia municipal “Covilhã – a tecer a acessibilidade”, tendo sido concebido e coordenado pela empresa covilhanense Formas Efémeras, envolvendo outras entidades locais como a Lobby, a Tecnat e a Wdretail. O Museu da Covilhã obteve ainda duas menções honrosas nas categorias de “Filme” e de “Informação Turística”.

Para Vítor Pereira, autarca da Covilhã, o museu tem tido um contributo «importante na restituição de espólio histórico da cidade e do concelho aos covilhanenses, bem como na apresentação do território a turistas, através de uma narrativa diacrónica e inclusiva». Localizado no centro da cidade, num edifício projetado por Ernesto Korrodi no princípio do século XX, o Museu da Covilhã abriu ao público em agosto de 2021 e apresenta cronologicamente as diferentes épocas de ocupação do concelho através de tecnologia multimédia, textos, mobiliário e materiais acessíveis.

A APOM também distinguiu Elisa Pinheiro, fundadora e primeira diretora do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior (UBI), como “Personalidade do Ano” em reconhecimento do seu trabalho naquela instituição e na divulgação do passado industrial da “cidade neve”. Natural do Tortosendo, é licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi docente da UBI entre 1987 e 2011, tendo recebido o “Doutoramento Honoris Causa” em 2016. Outro galardoado foi a Câmara de Belmonte, que venceu a categoria “Fotografia de Património” com o trabalho de Carlos Silva em “Centum Cellas”, no Colmeal da Torre. Entregues no passado dia 27 de maio, os prémios da APOM abrangem 32 categorias, às quais concorreram cerca de 270 projetos.

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Luís Martins

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