Cultura

Américo Rodrigues regressa à poesia com “desmoronamento”

Escrito por Carina Fernandes

O confinamento fez Américo Rodrigues voltar à escrita e desse regresso resultou “desmoronamento”, um livro de poesia editado no fim de semana pela Edições Sr. Teste.

A obra reúne 50 poemas escritos recentemente e espelham o isolamento que o autor sentiu numa grande cidade como Lisboa, onde reside desde que assumiu o cargo de diretor-geral das Artes. «Retomam também temas antigos, como a relação com a serra, a natureza, as pedras, e que têm a ver com a minha memória afetiva. Também há poemas que se relacionam com a vida numa cidade como Lisboa, que durante algum tempo ficou quase parada e com muito pouca gente», disse Américo Rodrigues a O INTERIOR/ Altitude. Nesta coletânea vê-se «um mundo em ruínas, em desmoronamento, são poemas muito pouco esperançosos, mas tem a ver com o momento em que foram escritos», acrescenta o poeta natural da Guarda.

“desmoronamento” inclui desenhos de Maria Lino – há uma edição especial que inclui em cada exemplar um desenho original da pintora e escultora do Feital (Trancoso) – e faz parte da coleção “Fulgor Quotidiano”, em que estão representados autores como Kafka, Artaud, Hannah Arendt, Octavio Paz, Walter Benjamin, Bataille, Michaux, entre outros. Américo Rodrigues é o primeiro poeta vivo editado pela editora lisboeta. Autor de vários livros de teatro, crónicas e poesia, o seu último livro de poesia publicado foi “Arquivo Morto” (2017).

Sobre o autor

Carina Fernandes

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