A arte está mais uma vez em destaque na Guarda com a quarta edição do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea (SIAC), que começa domingo e prolonga-se até 16 de junho. O tema deste ano é “Terra Herdada | Paisagens legadas” e alude à transformação da paisagem e ao renascimento da natureza após o flagelo dos incêndios de 2017.
A extensa lista de artistas plásticos presentes inclui nomes como Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, José Pedro Croft e Zulmiro de Carvalho, que terão uma exposição conjunta. O SIAC vai acontecer no Museu da Guarda, na Praça Luís de Camões, na Torre de Menagem, no TMG e, pela primeira vez, no antigo Cine Teatro. Encerrado há mais de 30 anos, o edifício vai reabrir após obras de consolidação e acolherá algumas das exposições e oficinas do simpósio. Este ano participam 130 artistas oriundos de 15 países (Angola, Alemanha, Brasil, Canadá, Espanha, França, Guiné, Holanda, Inglaterra, Moçambique, Portugal, Polónia, Turquia, Ucrânia e Venezuela), que protagonizarão sessões de pintura e escultura ao vivo, exposições, recitais de poesia, apresentações de livros, palestras, ciclos documentais e de cinema, cursos, música, dança, arte urbana e workshops.
O Simpósio também não será indiferente ao centenário do nascimento de Sophia Mello Breyner Andresen e prestará à poetisa um tributo com apresentações de livros e um recital poético. O evento envolve ainda a participação de artistas locais e dos alunos das escolas da cidade, que participarão em workshops e vão criar obras de arte.
Organizado pelo município e pelo Museu da Guarda, o SIAC foi distinguido em 2017 com o prémio de “Melhor Projeto Internacional” e obteve uma menção honrosa na categoria da “Incorporação de Bens Culturais e Artísticos”, da Associação Portuguesa de Museologia, pela edição de estreia, em 2016. «O SIAC é um momento importante da ação cultural da Guarda e que projeta a cidade para o mundo e para o país», afirmou o presidente da autarquia, Carlos Chaves Monteiro, na apresentação da atividade. Esta edição vai ter extensões em Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Seia, Vila Nova de Foz Côa e na localidade espanhola de Mogarraz (Salamanca), para onde estão previstas exposições. «Não tenho dúvidas que será a melhor edição de sempre», considera o vereador Victor Amaral. Por sua vez, João Mendes Rosa, diretor do Museu da Guarda, assume que a programação deste SIAC é «arrojada e à medida das aspirações da cidade» porque «os guardenses merecem que lhes demos um pouco mais no plano do museu que vem para a rua».
A arte do SIAC invade a Guarda
A aposta no contacto direto do público com a arte contemporânea mantém-se na quarta edição do SIAC. Entre 2 e 16 de junho, há arte ao vivo, exposições, oficinas, literatura, poesia, palestras, arte urbana, entre outras atividades protagonizadas por 130 artistas de 15 países. O antigo Cine Teatro da Guarda é um dos novos palcos do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea.