MÁRIO PATRÃO
Autor do livro “A EnigmPiloto de todo-o-terreno, 42º classificado e melhor veterano no último Rali Dakar ática Travessia do Atlântico Sul, 1922” Idade: 45 anos Naturalidade: Seia Profissão: Piloto e empresário no ramo do motociclismo Currículo (resumido): 26 títulos de campeão nacional de offroad, enduro e rally raid; Em 2021, venceu o European Bajas Championship, o Tunisia Desert Challenge, o Portuguese Rally Raid Championship, foi sétimo na Baja Portalegre 2020 – prova que ganhou seis vezes, segundo no Hispania Rally, entre outros resultados de destaque em provas internacionais; Conquistou ainda quatro medalhas de ouro ISDE (2003, 2004, 2008, 2009). Filme preferido:“Motocross of Nations” Livro preferido: “Livro do Desassossego”, de Fernando Pessoa Hobbies:Andar de mota, ir ao cinema, caminhar na natureza«Terminar o Dakar sozinho era o meu objetivo primordial»
P – Foi 42º do Rali Dakar, o melhor veterano e o sexto classificado da classe “Orignial by Motul”. Cumpriu os seus objetivos, ou era possível fazer melhor?
R – Cumpri um dos meus objetivos, que era regressar ao Dakar e terminar. Depois das lesões que tive no último ano sabia que não estava a 100 por cento mas conseguiria terminar. E terminar o Dakar sozinho era o meu objetivo primordial, além de testar os meus limites.
P – Como foi a participação na exigente classe “Original by Motul”? É uma experiência a repetir?
R – Adorei a experiência. Eu adoro competir e adoro a mecânica. Nesta classe conheces as tuas fraquezas, tentas diariamente ultrapassá-las. Passas a “ouvir-te” e aprendes a controlar a mente quando à tua volta está tudo a acontecer, sejam dores, problemas mecânicos ou até mesmo falta de descanso.
P – Qual a melhor recordação que leva desta 44ª edição?
R – O espírito de entreajuda com a comunidade local, à semelhança do que acontecia na América do Sul. Este ano consegui sentir uma proximidade maior da população.
P – E a pior?
R – A pior são sempre as saudades de casa, e quem deixas cá em Portugal. Mas, ao mesmo tempo, é isso que me move a continuar dia após dia, pois deste lado também recebo apoio total diariamente.
P – É multicampeão nacional de todo-o-terreno. Quais são os seus próximos desafios/ objetivos?
R – Para já ainda não consegui programar o meu futuro ao nível da competição. Com a Covid e o escasso apoio das empresas, ainda estou a adaptar-me e a tentar encontrar o melhor caminho.
P – O que lhe falta conquistar/ fazer no todo-o-terreno?
R – Há uma vida pela frente onde existe um mundo de coisas para conquistar e usufruir. Eu adoro viver a vida diariamente, por isso todos os dias tenho coisas novas para conquistar. Também tenho um projeto que estou a desenvolver, que é uma pista para os pilotos terem condições para treinar em segurança e dar formação a quem pretender melhorar a sua técnica, a sua segurança, etc., etc.
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