Cara a Cara

«Os guardenses já podem comparar a governação do PS e a atual governação do PSD na Câmara»

Escrito por Jornal O INTERIOR

P – Foi indicado pela concelhia da Guarda para ser o candidato do PS à Câmara da Guarda. Está preparado para este desafio?
R – Considero que estou preparado para o desafio e que reúno um conjunto de aprendizagens/conhecimentos ao longo da vida que serão uma mais valia para esta candidatura.

P – Espera que o seu nome seja ratificado pela direção nacional do partido? Há outros putativos candidatos em cima da mesa, nomeadamente Esmeraldo Carvalhinho, ou pode ser escolha única?
R – Como já tive oportunidade de afirmar, aguardo serenamente pela decisão da direção nacional do partido. Conheço estes processos de escolha e estou ciente que a direção nacional terá sempre a última palavra, aliás, como é apanágio noutras estruturas partidárias. Não tenho conhecimento da existência de outros putativos candidatos à Câmara da Guarda na área do Partido Socialista. À concelhia da Guarda não chegou qualquer outra intenção de disponibilidade de candidatura de qualquer militante ou personalidade da sociedade civil. Ocorreram diversos contactos anteriores nesta caminhada, como é normal, antes da decisão, que não tiveram acolhimento.

P – Quais são os seus argumentos para concorrer à Câmara guardense?
R – Os meus argumentos estão plasmados no meu percurso ao longo da vida, a minha intervenção cívica, social e política. Não quero nada, mas estou disposto a dar tudo pela Guarda. Os tempos que vivemos exigem coragem e um rumo diferente para os nossos territórios e para a nossa política. Assim, considero que o PS está em condições de estabelecer novamente uma relação de confiança com os guardenses, capaz de devolver a autoestima. Queremos uma Guarda moderna, atrativa e cosmopolita, livre de constrangimentos do conceito de interioridade. O Partido Socialista está disposto a construir uma equipa versátil em comunhão com a sociedade civil, apresentar um projeto adequado à ambição da nossa região e das nossas gentes. Hoje exige-se uma renovação nos interlocutores políticos, aos mais diversos níveis da administração, capazes de compreenderem e ajustarem as novas políticas aos tempos de incerteza que vivemos. É isto que o PS está preparado para fazer.

P – É possível o PS reconquistar este antigo bastião socialista? Porquê?
R – O Partido Socialista considera que estão reunidas as condições necessárias e objetivas para reconquistar a Câmara da Guarda porque existe uma quebra de confiança entre os guardenses e o poder executivo. Esta quebra de confiança ocorreu devido aos desentendimentos no seio do atual executivo, que todos conhecemos, originado consequentemente uma significativa diminuição da atividade camarária com prejuízos efetivos e nefastos para a atividade económica, social e política da região. Falamos da Guarda com um sentimento de tristeza, porque a Guarda está cada vez mais fraca quando sabemos que já foi forte. A Guarda está mais pobre quando já foi farta.

P – O PS tem feito uma oposição apagada a Carlos Chaves Monteiro, o que tem falhado?
R – O PS tem tido uma atuação responsável, adequada ao atual momento que vivemos, em contraponto com a atuação do PSD no seu todo. Hoje, o eleitorado está confundido entre o atual executivo da Câmara de maioria do PSD e o PSD concelhio, devido às guerras fratricidas, amplamente divulgadas pela comunicação social da Guarda. A cidade, fruto da desgovernação do PSD, é incapaz de lutar pelo desenvolvimento da Guarda e do distrito. Não vislumbramos melhorias num futuro próximo, só atrasos, em relação a outras cidades, como, por exemplo, ao nível das incubadoras de empresas, centros de investigação, áreas tecnológicas e na atração de investimento empresarial.

P – Qual é o balanço que faz do executivo social-democrata?
R – É bastante negativo aos diversos níveis de intervenção autárquica, nomeadamente, ao nível social, económico e também ao nível financeiro. Os guardenses já podem comparar os períodos de governação do PS e a atual governação do PSD em termos de desenvolvimento económico, social e também político. Estamos perante um descrédito total do atual executivo liderado pelo PSD. Como diz o povo, “foi muita parra e pouca uva”.

 

ANTÓNIO MONTEIRINHO

Presidente da concelhia da Guarda do PS e candidato indicado à Câmara da Guarda

Idade: 51 anos

Naturalidade: Moçambique

Profissão: Profissional liberal e professor

Currículo: Licenciado em Engenharia Mecânica, Ramo da Energia e Ambiente no Instituto Politécnico da Guarda, complementada com MBA – Gestão de PME na Universidade Portucalense Infante D. Henrique; Atualmente é vogal executivo da Unidade Local de Saúde da Guarda; Foi professor coordenador do Curso de Técnicos de Manutenção Industrial e Eletromecânica na Escola Profissional da Guarda; Formador coordenador técnico da Pós-Graduação em Técnico Superior de Saúde e Higiene no Trabalho na Comunilog Consulting, Lda. e Consultor na UON, Consulting; Formador e consultor internacional em Timor na Águas de Portugal; Diretor de Serviços na Associação de Beneficência Augusto Gil (Guarda) e assessor do presidente da Câmara Municipal de Celorico da Beira; Deputado municipal do e intermunicipal do PS; Conselheiro Nacional da Avaliação do Ensino Superior (CNAVES); Presidente da Federação Nacional das Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP); Presidente da Associação de Estudantes do Instituto Politécnico da Guarda (AEIPG)

Livro preferido: “Sapiens – História Breve da Humanidade”

Série preferido: “Clube dos Poetas Mortos”

Hobbies: Natação, leitura e jogar xadrez

Sobre o autor

Jornal O INTERIOR

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