Cara a Cara

«O Rancho Folclórico da Boidobra é muito mais que folclore»

Escrito por Jornal O Interior

P- Foi recentemente eleito presidente do Rancho Folclórico da Boidobra, o que o levou a candidatar-se?
R- Sim, é uma posição muito recente. Já fazia parte do anterior elenco diretivo e esta decisão deveu-se ao facto do anterior presidente não pretender continuar nessas funções e desafiou-me a fazê-lo. Depois de realizar alguns contactos e reunir a equipa que me acompanha, foi fácil decidir avançar.

P- Quais são os seus primeiros objetivos e que atividades tenciona desenvolver?
R- O primeiro objetivo será sempre continuar o bom trabalho das direções anteriores e, simultaneamente, dissuadir a população em geral que esta associação se confine apenas ao grupo de folclore que faz as suas representações de norte a sul do país e, por vezes, também no estrangeiro. Quanto às atividades, estamos a trabalhar no plano que irá à assembleia-geral no próximo dia 23 e depois iremos torná-lo público.

P- Quais são as principais carências da associação?
R- A esse nível, o Rancho Folclórico da Boidobra, embora tenha uma sede própria e mais dois edifícios, o Centro Interpretativo de Artes Tradicionais da Boidobra 1 e 2, falta-nos essencialmente um salão multiusos. Conseguindo esse espaço, temos ideias para por em prática, o que nos daria um desafogo financeiro maior.

P- Quantos elementos são?
R- Compreendo a pergunta, mas não será justo para a associação dizer-lhe apenas que grupo de folclore conta com cerca de 40 elementos. O Rancho Folclórico da Boidobra é muito mais do que folclore, é sócio efetivo da Federação do Folclore Português, é associação RNAJ, associado INATEL e associado da Confederação Portuguesa de Coletividades de Cultura Recreio e Desporto. Conta há duas épocas com uma secção de matraquilhos, com excelentes resultados a nível do distrito e que muito bem tem representado esta associação a nível nacional. Realizamos, já com o anterior plano de atividades, algumas atividades desportivas, como caminhadas ou torneios de voleibol. Entre outras, realizámos atividades no Dia Mundial da Criança, participámos nas Marchas Populares 2018 Cidade da Covilhã. Por estas razões, é redutor falar apenas nos elementos do grupo de folclore, que têm muita importância, mas são apenas uma parte da abrangência que esta associação tenta ter.

P – Qual a estratégia para continuar a atrair jovens?
R- A atração dos jovens é um dos problemas atuais do associativismo e nós não somos exceção. Vamos tentar saber dos seus interesses e adequar um pouco as nossas atividades a eles.

P- Como vê o apoio ao associativismo na Covilhã?
R- Pessoalmente, entendo que as associações não devem ser subsídio-dependentes, devem trabalhar para pôr em prática, de forma sustentável, as suas ideias. Quanto ao apoio do associativismo na Covilhã, penso que terá agora, com o Regulamento de Apoio ao Associativismo, a meu ver ainda com algumas falhas, tendência a ser melhor distribuído e de forma mais clara para todos.

Perfil:

Bruno Augusto

Presidente do Rancho Folclórico da Boidobra

Idade: 33 Anos

Profissão: Técnico de Obra – Construção Civil

Currículo: Curso de Especialização Tecnológica em Condução de Obra no Instituto Politécnico de Castelo Branco, Membro da Assembleia de Freguesia da Boidobra, Árbitro e Treinador de Voleibol, Dirigente associativo na Associação de Voleibol da Guarda.

Naturalidade: Boidobra

Sobre o autor

Jornal O Interior

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