P – As provas de Autocross estão de regresso a Vila Nova de Foz Côa. Há quanto tempo não acontecia e porquê?
R – As provas de autocross terminaram em Portugal, em Foz Côa, com o último Europeu de Autocross em abril de 2011. Desta vez, o que fizemos foi uma tentativa de trazer novamente o autocross a nossa cidade e a Portugal, sendo que, em 2020, já trabalhávamos neste regresso que este ano se tornou uma realidade. Depois da passagem do “off-road” da Federação Internacional do Automóvel (FIA), foi agora validada a integração no Campeonato Europeu, que era aquilo que almejávamos. Foi um desafio conseguido.
P – Como é que o Foz Côa Automóvel Clube conseguiu o regresso do Autocross?
R – Os contactos com a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), com vista a reativar a pista de autocross, iniciaram-se em 2020, sendo que no início deste ano o projeto passou para um patamar mais “realizável”. O apoio institucional do município de Vila Nova de Foz Côa foi fulcral para apresentarmos, junto da FIA, um projeto confiável que culminou com a atribuição da prova de encerramento do Europeu, em outubro do próximo ano. Aproveitámos o histórico de Foz Côa na modalidade, que foi o último sítio por onde o autocross passou em Portugal, e tentámos pegar novamente nesse aspeto.
P – Como é que está a pista de autocross de Vila Nova de Foz Côa? São precisas intervenções?
R – Os trabalhos para a recuperação do complexo arrancaram no início deste mês para que, no princípio do Verão, o processo de homologação esteja concluído. A pista teve inativa muitos anos, pelo que foi necessária uma intervenção pro
funda. Haverá uma visita da Federação ao local e depois a pista será adaptada consoante as exigências necessárias. O apoio fulcral foi do município, isto é um Complexo Desportivo Municipal e quisemos dar-lhe utilidade. A Câmara anuiu, esteve connosco desde o início para candidatarmos a prova nestas condições, mas primeiro temos de trabalhar para a pista ser aprovada.
P – Que apoios têm para esta época?
R – Como referi anteriormente, o apoio institucional foi fator relevante para o processo avançar, agora temos de concentrar esforços para conseguir reunir as melhores condições para que a realização do evento seja um sucesso. Em termos de previsões no que toca a gastos, mais à frente, quando tivermos noção real dos custos da intervenção na pista, poderemos apontar para um número exato.
P – O que é que já está agendado, e qual é a expectativa para o regresso da modalidade?
R – De momento apenas o Campeonato Europeu de Autocross está agendado, esperando nós que no decorrer de 2025 haja novidades. Vamos ter a honra de fazer a prova de encerramento, o que também nos vai dar mais trabalho porque temos de fazer uma competição com outras variantes. A pista tem de responder a outras condicionantes e queremos fazer um evento de qualidade. Esperamos que volte a haver as enchentes de gente que havia antigamente em Foz Côa para ver o autocross. Até na Guarda há muita gente a dizer que tem saudades de vir até cá. Era quase uma romaria, com milhares de pessoas, é isso que esperamos que o regresso do autocross traga a Vila Nova de Foz Côa.
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Perfil:
Rui Soares
Presidente do Automóvel Foz Côa Clube
Profissão: Agente da PSP
Idade: 50 anos
Naturalidade: Vila Nova de Foz Côa
Currículo desportivo: Primeira licença desportiva ACP-1994; secretariado de prova Autocross
Filme favorito: “Pearl Harbour”
Hobbies: Piloto, preparador de competição
