Cara a Cara

«A natureza é o ex-libris do projeto Côa Honeycomb»

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Escrito por Efigénia Marques

P – Como e quando surgiu a ideia de criar um turismo rural?
R – A ideia de criar um turismo surgiu há alguns anos, quando apenas era feita a apanha da azeitona naquele local. A vontade de querer mostrar ao mundo a paisagem que dali se avistava foi a principal razão para a implementação do projeto Côa Honeycomb num olival, completamente isolado pela natureza, em Vale Madeira, no concelho de Pinhel.

P – Porquê este conceito?
R – Principalmente, pela vontade de criar algo diferenciador. Depois, por a família estar na atividade apícola e o desafio de interligar esta atividade com o projeto turístico. E por último, a intenção de criar um empreendimento turístico sustentável e o mais dissimulado possível na natureza envolvente.

P – No que é que o Côa Honeycomb se torna diferenciador dos projetos de turismo rural já existentes na região?
R – O design hexagonal dos “bungalows” e a própria construção, completamente em madeira e ao nível da copa das oliveiras, são por si só um bilhete de identidade. A ligação com a natureza sempre presente proporciona durante toda a estadia uma tranquilidade e um quadro paisagístico único a quem nos visita. Já uma oferta de quatro “bungalows”, a que chamámos “favos”, permite-nos ainda oferecer um serviço de qualidade e personalizado, que proporciona a quem nos visita a sensação de se sentir em casa.

P – Quais são as características do alojamento e quais as atividades que os hóspedes podem experimentar?
R – Para além do referido na resposta anterior, o Côa Honeycomb tem duas áreas comuns: um antigo pombal, onde está localizada a receção e são servidos os pequenos almoços, incorporado com um “rooftop” panorâmico revitalizante; e uma piscina exterior com beirado infinito, onde mais uma vez a natureza é o ex-líbris. Quem nos visita pode viver, por exemplo, a experiência de ser apicultor por um dia, degustar produtos e vinhos regionais, aproveitar uma massagem relaxante especial, conhecer a fauna, a flora e a história do concelho de Pinhel.

P – Quais foram as maiores dificuldades na concretização do projeto, que fica em Vale Madeira?
R – As dificuldades foram bastantes ao longo do projeto, que, em tom de brincadeira, chegou mesmo a ser apelidado de “buraco negro”. Dos elevados aumentos de preços a um nível generalizado, desde a fase inicial do projeto até à conclusão, passando pela barreira burocrática portuguesa e acabando na dificuldade de investir no interior do nosso país, limitado ainda bastante em relação a outras zonas do nosso território.

P – No futuro, há a ambição de aumentar os “bungalows” já existentes?
R – Não podemos dizer que não venha a ser uma hipótese no futuro, mas neste momento não é um objetivo. Para além de ser um projeto novo e em fase de “aceitação”, queremos proporcionar uma experiência idêntica a quem nos visita, motivo pelo qual os bungalows estão todos implementados com a mesma orientação.

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FRANCISCO MORGADO

Idade: 23 anos

Naturalidade: Quintã dos Bernardos (Pinhel)

Currículo (resumido): Licenciatura em Organização e Gestão Empresariais pela Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana dos Castelo

Filme preferido: “O Rapaz do Pijama às Riscas”, de Mark Herman

Livro preferido: “O Mito do Capitalismo”, de Jonathan Tepper e Denise Hearn

Hobbies: Apicultura

Sobre o autor

Efigénia Marques

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