Cara a Cara

«A história do professor Pinto Peixoto é algo desconhecida para muitos jovens e deve ser mais promovida pelo distrito»

Cara
Escrito por Efigénia Marques
P – Com que média concorreu ao prémio nacional José Pinto Peixoto? O que significa esta distinção? R – Concorri com a minha média de acesso ao ensino superior, de 19,33 valores. Significa que todo o trabalho que tive até aqui valeu a pena, é uma confirmação de que, com muito esforço e dedicação, conseguimos alcançar os nossos objetivos e ser recompensados pelo nosso trabalho. P – Qual é a receita para se conseguirem estes resultados? R – Não há exatamente um plano cuidado para ter estes resultados, como pode imaginar. Esforço e foco são para mim pontos fulcrais para o sucesso, no entanto, a descontração e todos os conceitos de lazer a ela associados não devem ser desprezados. É importante que tenhamos gosto no que estamos a fazer. P – O facto de estudar numa escola relativamente pequena – a Escola Básica e Secundária de Vilar Formoso – também ajudou a dedicar-se mais aos estudos? R – Talvez, mas não em termos do aumento da minha dedicação ao estudo. O facto de ter estudado numa escola mais pequena, como a de Vilar Formoso, permitiu-me, no entanto, ter mais oportunidades de assimilar melhor os conhecimentos estudados e de ter as minhas dúvidas mais facilmente respondidas, já que o número de alunos por turma é substancialmente mais reduzido em comparação às grandes cidades. Para além disso, sempre tive bastante apoio da comunidade escolar no seu todo, a quem agradeço profundamente. P – Considera-se um “marrão”? Como concilia estudos e tempos livres? R – Não me considero. Como disse, é importante termos tempo para nos divertirmos. No meu caso, tento preparar-me antes de qualquer aula de modo a ter alguma noção do que estamos a falar e conseguir assimilar melhor os conteúdos lecionados. Dessa forma, não preciso de tanto tempo estudo pós-aula, tempo que posso utilizar para praticar atividades que gosto. P – Entrou no curso que pretendia? O que faz agora? Em que área espera formar-se, porquê? R – Sim, entrei no Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, que frequento neste momento. Espero ser médico daqui a uns anos, a especialidade ainda está por definir. Sempre foi um dos meus sonhos, já que sempre gostei de ajudar as pessoas. P – O que ficou a saber de Pinto Peixoto? É um exemplo a seguir para os jovens? R – Fiquei a saber muita informação sobre o grande homem que foi o Professor José Pinto Peixoto, motivo de grande orgulho para o distrito da Guarda, nomeadamente todo o seu sucesso académico e acima de tudo as suas origens, tão próximas das minhas, 30 e poucos quilómetros para ser mais exato. Considero que Pinto Peixoto é, sim, um exemplo para os jovens do nosso distrito, especialmente por demonstrar que o sucesso académico está fortemente presente na nossa região. Acho, no entanto, que o professor é ainda algo desconhecido para muitos jovens, devendo a sua história ser mais promovida pelo distrito.  

MARCO DA SILVA RAMOS

Idade: 18 anos Naturalidade: Aldeia Velha (Sabugal) Profissão: Estudante Currículo (resumido): Membro do Centro Recreativo e Cultural de Aldeia Velha; frequenta o 1º ano de Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; vogal da Comissão de Curso do 1º Ano do Mestrado Integrado em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Filme preferido: “Orgulho e Preconceito” Livro preferido: “Memorial do Convento”, de José Saramago Hobbies: Badminton, assistir a filmes e séries, estar com os meus amigos

Sobre o autor

Efigénia Marques

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